Ser diferente é normal

Ser diferente é normal

O que nos torna iguais são as diferenças, o que nos torna humanos, também. Somos iguais porque somos diferentes, cada qual com as suas necessidades, predileções, anseios e desejos.

Somos todos seres desejantes, estamos todos irremediavelmente fadados ao desejo, e sendo assim, desejamos cada qual de acordo com as nossas necessidades. Nascemos, crescemos, experienciamos, aprendemos, erramos e, desta forma, nesse constante processo de subjetivação de nossos desejos, construímos e constituímos, cada qual, nossas necessidades. 

Alguns, por algum infortúnio, precisam adaptar-se, por vezes, a algumas necessidades especiais que fatalmente acarretam em uma mudança compulsória no estilo de vida. E no cotidiano condominial não poderia ser diferente, haja vista o grande aglomerado social que ele representa. Pessoas das mais variadas etnias, culturas, idades, por vezes acometidas pelas mais variadas mazelas, enfim, pelas mais variadas situações que possam trazer ao indivíduo uma necessidade compulsória de adaptação sócioambiental em determinado lugar, o que pode vir a acarretar problemas de adaptação, inclusive ao próprio síndico. 

Pois bem, então de que forma o síndico poderia adaptar-se às mais diversas formas que as diferenças podem proporcionar?

Idosos, gestantes, crianças, deficientes visuais, deficientes físicos, pessoas portadoras de alguma deficiência intelectual ou do desenvolvimento, com algum transtorno ou doença mental são iguais, contudo, diferentes em suas necessidades. A conscientização da existência de um outro, que ao mesmo tempo que é igual, é distinto, é o primeiro passo elementar ao processo de construção e mudança do paradigma. 

Todavia a mudança de atitude em relação ao que é diferente é, sobretudo, o que desencadeará a solução.

A atitude compassiva, empática e respeitosa dentro de um condomínio perpassa por atitudes concretas até mesmo na sua arquitetura. O acolhimento a pessoas com alguma deficiência física dentro de um condomínio por exemplo, faz-se, sobretudo, com a construção de simples rampas de acesso a cadeirantes nas dependências condominiais, pois dessa forma o sujeito sente-se aceito e acolhido de fato em suas necessidades. Avisos sonoros e mensagens em braile para deficientes visuais nos ambientes comuns do condomínio, os acolhem, além de introduzir a cultura da gentileza no ambiente condominial. 

Ambientes comuns adaptados dentro do condomínio para crianças, gestantes e idosos são o recado claro de que essas pessoas e suas necessidades são importantes e aceitas naquele lugar, ou seja, atitudes concretas dentro do condomínio levam o sujeito à percepção de que ele é aceito e acolhido igualmente, mesmo que possua necessidades distintas.

O condomínio inteligente é aquele que é socialmente inteligente, que utiliza da tecnologia para melhorar a vida e as relações humanas dentro do condomínio, porque ser diferente é normal.

Danilo Lopes é psicólogo clínico e psicoterapeuta de orientação analítica.
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