Condomínio não é casa de um só: o desafio dos prestadores em entender o coletivo

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Todo síndico, mais cedo ou mais tarde, se depara com a mesma frustração: o prestador de serviço que parece tratar o condomínio como se estivesse prestando serviço para uma única pessoa — e não para um coletivo diverso, exigente e, muitas vezes, imprevisível. Essa visão míope, embora comum, é um dos grandes obstáculos na relação entre síndicos e fornecedores.

Um condomínio é um organismo vivo. Por trás de cada portaria, de cada muro e vaga de garagem, há dezenas, às vezes centenas de moradores, cada um com suas necessidades, expectativas e formas de compreender o que acontece ao seu redor. Não basta ao síndico contratar um serviço — ele precisa garantir que esse serviço seja compreendido e aceito pela comunidade. E é aí que o desafio começa.

Muitos moradores exigem respostas imediatas, atenção personalizada e explicações detalhadas. O síndico, então, se vê no papel de tradutor: precisa transformar informações técnicas em mensagens acessíveis, repetidas quantas vezes forem necessárias, e muitas vezes de formas diferentes, para garantir que todos compreendam. Isso exige jogo de cintura, paciência e um nível de energia emocional que, convenhamos, nem sempre está disponível.

E onde entra o prestador de serviço nisso tudo? Entra como peça-chave — ou como complicador do processo. Quando o fornecedor entende que seu papel vai além da execução técnica e envolve colaborar com o síndico na gestão da comunicação e da percepção coletiva, tudo flui melhor. Mas quando o prestador entrega o serviço e devolve o “problema” — seja na forma de reclamações, mal-entendidos ou informações mal comunicadas — ele não está vendendo uma solução, está apenas vendendo um serviço. E isso faz toda a diferença.

Quem vende uma solução pensa junto ao síndico. Antecipando dúvidas, oferecendo materiais de apoio, participando de comunicados e ajudando a construir uma relação mais tranquila com os moradores. Solução é quando o prestador ajuda o síndico a resolver. Serviço é quando ele entrega e vai embora — e o síndico que se vire.

Essa falta de parceria verdadeira é um dos grandes motivos pelos quais muitos síndicos adiam contratações, mesmo quando sabem que a demanda é urgente. A perspectiva do estresse que pode vir junto ao serviço — retrabalho, cobrança dos moradores, desgaste emocional — pesa mais que a necessidade da execução. Não é à toa que tantos síndicos se sentem sobrecarregados e desmotivados. Eles não estão fugindo do trabalho. Estão tentando fugir do desgaste.

Por isso, é urgente que os prestadores de serviço que atuam em condomínios repensem sua postura. Entender que estão lidando com uma coletividade e que seu papel vai além do contrato técnico é um diferencial competitivo — e um sinal de maturidade profissional.

Síndico não precisa de alguém que “apenas faça”. Precisa de parceiros que pensem, comuniquem e contribuam para a harmonia do coletivo. Porque, no fim das contas, um condomínio bem cuidado é aquele onde o serviço prestado vira solução — e não mais um problema para a lista.

 

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