Cada vez mais comum, o tema de carros elétricos, assim como o de bicicletas, patinetes e similares, tem sido motivador de inúmeros debates, estudos e testes, pois, como já sabemos, o assunto ainda é muito recente e a cada dia surge uma nova situação, uma nova solução ou um novo impasse. Aí vem a dor do síndico: o que fazer? Qual o melhor caminho a seguir? Por onde começar?
Buscando auxiliar a administração condominial para não incorrer nos erros mais comuns, que são:
conectar a instalação diretamente:
- no barramento do quadro de medidores existente – isso é furto de energia!
- no relógio do apartamento – é terminantemente proibido, por norma da CELESC;
- na tomada da garagem ou quadro de distribuição da área condominial – isso fará com que todos os moradores paguem pelo carregamento individual;
- no quadro de disjuntores do apartamento e levar até a garagem: além de exigir uma infraestrutura que “atravessará” boa parte da edificação, essa demanda vai sobrecarregar ainda mais as instalações do quadro de medição (que muitas vezes já está no seu limite de capacidade), podendo causar desarme do quadro geral e, por consequência, desligar também os demais apartamentos que estiverem naquele quadro;
- criar uma vaga rotativa: essa possibilidade só é viável em casos específicos, em que exista um número de vagas extras considerável, pois certamente essa vaga rotativa acabaria virando uma “vaga vitalícia” – ou alguém imagina que o morador que coloca seu veículo para carregar às 22h vai descer de seu lar para retirar o carro da vaga às 3h da manhã? É bonito no papel, mas na prática, é utópico;
- deixar de contratar empresa de engenharia, que seja especializada no tema – são esses profissionais que estarão aptos a confeccionar um projeto objetivo, respeitando todas as normas, premissas de segurança e que permita que qualquer morador possa usufruir do sistema, porém de forma regrada e segura;
- deixar de seguir os ritos legais, como por exemplo a aprovação do projeto em assembleia;
- deixar de exigir ART de projeto e da execução;
- deixar de comunicar o corretor de seguros etc.
Agora que já estamos mais situados sobre o que não fazer, recomendamos a leitura dessa mesma coluna, com o artigo “Carros elétricos: os 7 passos para uma solução eficiente e segura”.
Confira! Você vai encontrar esse conteúdo em: www.condominiosc.com.br/os-colunistas/5639-carros-eletricos-os-7-passos-para-uma-solucao-eficiente-e-segura.
Néia Lehmkuhl é administradora, especialista pós-graduada em Gerenciamento de Projetos, em Gestão da Segurança Contra Incêndio e Pânico, em Gestão da Qualidade e em Segurança no Trabalho, pós-graduanda em Engenharia da Manutenção, palestrante e gerente de projetos na Portal Sul Energia.