Condomínio e quarentena: como ficam as piscinas?

Condomínio e quarentena: como ficam as piscinas?

 

Com o decreto de quarentena, muitos síndicos optaram ou foram instruídos a interditar as áreas de lazer e com potencial de aglomeração, como piscinas, saunas, salas de jogos e salões de festas.

Em Santa Catarina, foi decretado um retorno gradual da atividade comercial não essencial, a partir do dia 8 de abril.

Como consequência, muitos síndicos começam a se questionar e a sofrer pressões externas sobre a liberação das piscinas. Diante dessa situação, o que fazer?

Sabe-se até o momento, que o vírus responsável pela Covid-19, possivelmente, não resista a ação de sanitizantes e oxidantes utilizados em piscinas, como cloro e bromo, de acordo com a cdc (centers for disease Control and prevention), ressaltando a frase “a operação, manutenção e desinfecção adequadas de piscina e banheiras devem remover ou inativar o vírus que causa o covid-19”. Essa frase merece ser lida com cuidado. Por ser algo muito recente, a ação de produtos químicos carece de estudos em vários aspectos, sobretudo no que tange concentração efetiva e tempo de contato (fator muito ignorado neste universo de tratamento de águas). Apesar disso, vale lembrar que a ação dos produtos clorados (largamente usados em piscinas), assim como diversas outras reações químicas, depende fundamentalmente da temperatura da água (piscinas aquecidas) e do pH.

Tratamento de piscina não é coisa simples e deixo aqui um pedido. Caso você seja leigo no assunto, não trate a piscina da sua comunidade por conta própria ou ainda, não confie em qualquer um que se apresente como profissional da área. De nada adianta jogar um barril de cloro, se o (ir)responsável não entende as relações envolvidas neste processo químico. 

Se a piscina do seu condomínio não for liberada para uso, ela precisa continuar sendo tratada, pois o mosquito da dengue continua fazendo reféns. Em Santa Catarina, até o dia 13 de março de 2020, o número de casos de dengue já estava alarmante! Mais de 200 pacientes confirmados. Isto é, quase três vezes mais que no mesmo período do ano passado. Caso, a piscina seja liberada para uso, medidas de prevenção devem ser adotadas, como: 

  • Limite de pessoas no local;
  • Distanciamento social de pelo menos 1 metro;
  • Assepsia de cadeiras, mesas, corrimão, e acessórios que possam ser compartilhados;
  • Limpeza e assepsia da área envolta a piscina com uso de produtos clorados ou a base de amônia quaternária, produto que já vem sendo utilizado para assepsia das ruas e espaços públicos; 
  • Uso das duchas, se possível, utilizando sabonete individual para melhor higienização;
  • Uso de lava pés, que também deve receber tratamento químico.

Essas são medidas preventivas, que REDUZEM o potencial de contaminação, porém, não o ELIMINA, principalmente em espaços com decks e vestiários.

Em meios a tantos artigos recentes sobre o novo coronavírus (SARS-CoV-2), cito um bastante pertinente ao assunto abordado aqui. O artigo intitulado “persistente of coronaviruses on inanimate surfaces and their inactivation with biocidal agents”, publicado no portal “virtual health library”, analisa o resultado de 22 estudos e aponta que o vírus pode ser eficientemente inativado utilizando procedimento de desinfecção de superfícies com álcool 62-71%, peróxido de hidrogênio 0,5% ou hipoclorito de sódio 0,1%, em apenas 1 minuto de contato. No que tange, o tempo de sobrevivência do vírus em superfícies e ar, há muitas informações e pouca certeza.

Se você não faz parte do grupo de risco, arrisco dizer que pelo menos uma pessoa do seu círculo social fará. Não falamos aqui, só de idosos. Pessoas com doenças autoimunes, diabetes, asma, HIV, hipertensão, doença renal crônica, cardiopatas, transplantados, gestantes, também estão na lista! Uma coisa é certa, com a volta da normalidade econômica, mais pessoas serão infectadas, portanto, tenha muita cautela, higienize suas mãos com frequência e evite contato físico. Que todos possamos passar por este momento fortalecidos e conscientes do macrossistema que nos rege. Sozinhos, não somos nada, portanto, cuidemos de todos, cuidando de nós.

Fernanda Cristina Brietzig é engenheira química, mestre em Ciência e Engenharia de Materiais e técnica em Materiais. Atuou em laboratórios de análises químicas, em engenharia e desenvolvimento de produtos. Atua com assessoria e responsabilidade técnica, com ênfase em águas de piscina e estações de tratamento. 

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