Instituições atuam como pilares fundamentais para a sustentação e desenvolvimento do segmento

Comprometidas com a missão de promover um trabalho que gere benefícios mútuos em ambientes cooperativos, as entidades desempenham um papel crucial no cenário condominial. Elas oferecem suporte vital não apenas em termos de segurança e representatividade jurídica, mas também no aprimoramento das habilidades dos síndicos que gerenciam esses espaços.

Sendo assim, muitos destes grupos se destacam como fontes confiáveis de informações, soluções e espaços de intercâmbio de experiências, constituindo-se em pilares essenciais de apoio aos administradores condominiais.

Em Santa Catarina, temos atualmente uma série de entidades que, em conjunto, atendem tanto as necessidades do condomínio enquanto CNPJ, como do síndico na figura do gestor. Um bom exemplo disso é a Associação de Síndicos de Santa Catarina (ASDESC), que conta com diretorias regionais nas cidades de: Barra Velha, Piçarras, Penha, Navegantes, Itajaí, Itapema, Brusque, Blumenau, Joinville, Florianópolis, Criciúma e Chapecó.

Segundo a sua vice-presidente, Joice Solange Monari Honório, também síndica em Itajaí, a entidade tem como intuito fortalecer os síndicos por meio de qualificação, conhecimento e suporte, além de ser uma instituição representativa e atuante em prol de todo o segmento.

“A Associação tem o objetivo de ser o braço direito do síndico associado e dar a ele um suporte em seu condomínio. Além disso, juntamente com as diretorias regionais, busca estar atrelada às tendências e novidades do ramo, assim como a demandas cotidianas, como contratos de gás”, explica Joice. Ela reforça que a principal missão da ASDESC é ajudar a construir o senso de união no mercado condominial e promover a valorização da função de síndico.

Gestor em destaque

Outro bom exemplo vem do litoral norte, onde temos a Associação dos Síndicos de Balneário Camboriú (ASBALC), comandada por Sônia Novaes Estácio. Sempre atenta aos mais variados assuntos que influenciam direta ou indiretamente o exercício da sindicatura, a entidade tem realizado inúmeras ações e mobilizações para a efetividade da gestão condominial.

“Um condomínio hoje equipara-se a uma empresa do ponto de vista das obrigações legais, e inúmeras são as responsabilidades dos síndicos. Sendo que são eles que respondem civil e criminalmente pelos atos e fatos dos condomínios”, pontua a presidente. Daí a necessidade de os gestores estarem muito bem preparados, uma vez que o nível de exigências é alto e a demanda de conhecimentos específicos também.

Nesse sentido, a ASBALC tem procurado dotar os síndicos de Balneário Camboriú das competências necessárias por meio de cursos, palestras, orientações, experiências e informações nas diversas mídias, para que consigam conduzir com sucesso a gestão dos respectivos condomínios. Além disso, sempre vigilante a questões inerentes à prática da sindicatura, a entidade tem se posicionado com atitudes que inibam qualquer exigência ou imposição que venha a afetar a efetividade da administração e comprometer a atuação dos síndicos.

Entre as conquistas da Associação podemos destacar alteração da Lei n. 4.260/2019, que obriga ao síndico a entrega da Declaração de Regularidade Sanitária, bem como proposituras da prorrogação do prazo de entrega da mesma, aprovadas. A ASBALC também atua junto aos órgãos públicos para providências em relação a problemas recorrentes, como a deficiência na coleta de lixo dos condomínios e as dificuldades no abastecimento de água durante o período de temporada.

Representação e profissionalismo

Comprometido com sua missão de contribuir para o desenvolvimento formal e sustentável dos setores que representa, o Sindicato da Habitação (SECOVI) está presente em todo o Estado, com sua atuação dividida por regiões: SECOVI/SC, SECOVI Florianópolis/Tubarão, SECOVI Blumenau, SECOVI Norte e SECOVI Oeste.

Em Florianópolis, presidida por Márcio Donato Koerich, a entidade tem investido pesado na representatividade do segmento. Tanto na esfera política, quanto na legislativa e jurídica. Além de, muitas vezes, oferecer o ambiente ideal para o desenvolvimento profissional do gestor, a partir de cursos, palestras e encontros para network.

“O Sindicato é a ponte entre as necessidades e desafios enfrentados pelos condomínios e as soluções disponíveis. Para isso, realizamos encontros periódicos e práticos com os setores públicos, como prefeituras e demais órgãos importantes para o setor. O objetivo é simplificar os processos e incentivar um ambiente mais eficiente”, destaca Koerich.

Além disso, o presidente reforça que o investimento na qualificação do setor é outra prioridade para o SECOVI. E uma inovação desta gestão é o Centro de Integração Jurídica do Mercado Imobiliário (CIJUR), que reúne advogados de condomínios e administradoras para troca de experiências e sugestões em benefício de todos.

Mais segurança

Outro projeto de destaque no Estado são os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), que funcionam de maneira autônoma para definir suas prioridades e atuar junto ao poder público por reivindicações dos moradores, de acordo com as características sociais e culturais do local. No total são 99 grupos, espelhados por todo o território de Santa Catarina

De acordo com Marcio Fortkamp, delegado de Polícia, titular da Delegacia de Polícia do Continente/ Comarca de Florianópolis, e grande incentivador do Conseg 31, em Coqueiros, um dos mais antigos de Santa Catarina, os Consegs atuam como legítimos elos entre a sociedade e as forças de segurança pública, trazendo demandas especificas de atuação, adequadas as peculiaridades das comunidades condominiais.

Entre as vantagens de fazer parte do grupo, ele reforça o trabalho de orientação para um bom convívio social. “Em primeiro lugar, o principal benefício está na ocupação de um espaço fundamental na busca da manutenção da ordem e da urbanidade entre os condôminos. Além disso, temos o fato de ser um canal qualificado de comunicação na busca de orientações junto a Segurança Pública”, diz Fortkamp.

Entre as iniciativas desenvolvidas recentemente, ele destaca que tem direcionado o trabalho no sentido orientativo aos condomínios para questões que lhes são comuns, tais como furtos de cabeamentos elétricos e invasões em áreas comuns dos edifícios.