São duas alegrias para o síndico

São duas alegrias para o síndico

Caro colega que acompanha essas linhas, acredito que certamente você já ouviu a expressão: “são duas alegrias”.

Ela geralmente é usada para uma situação em que alguém queria muito alguma coisa, mas após ter conquistado percebeu que a realidade da conquista é muito distante do sonho idealizado. É comum vê-la atribuída a sonhos de consumo, como uma moto, um carro, uma casa de praia, um sítio, uma lancha: “Uma moto dessas são duas alegrias, uma quando compra e outra quando vende”.

Essa expressão me faz pensar que na maioria das vezes somos, na verdade, mais atraídos pela ideia da coisa, do que pela própria “coisa em si”. Gostamos mais da ideia de conquistar a coisa, do que da ideia de viver aquilo que conquistamos. E nunca nos preocupamos em mensurar a distância dessas duas realidades. Porém, quando temos a habilidade de medir essa distância, geralmente chegamos no momento da verdade que nos responderá se teremos o benefício da segunda alegria, onde sairemos de cabeça erguida dessa experiência, ou amargaremos a frustração de ter sido derrotados pela ilusão de um sonho.

A tese que neste texto compartilho com vocês, colegas, me ocorreu em uma assembleia de eleição de síndico que participei agora em abril. De um lado dessa história estava eu, com os meus quase 13 anos de exercício na função de síndico, finalizando um mandato tampão - que me trouxe muita alegria há seis meses no momento de minha eleição -, mas agora vivenciava uma alegria maior de estar finalizando o mandato de cabeça erguida, sem nenhuma intenção de me candidatar novamente. E do outro lado a alegria do síndico recém-eleito, totalmente inexperiente no exercício da função, mas animado e alimentado por todas as ilusões e paixões da ideia de possuir a coisa que agora havia conquistado.

Pois é, caro colega de sindicatura, será que no anseio de desejar ser eleito síndico de um determinado condomínio já desenvolvemos também o termômetro para medir a febre do nosso desejo de viver os desafios dessa função? Ou estamos nos aventurando pela simples paixão de sermos síndicos? Agora, será que estamos correndo o risco de no final da jornada vendermos o sonho a um preço muito menor do que aquele que compramos? Em resumo, as dores da jornada do exercício da função de síndico não têm nenhuma relação com a alegria da eleição. Tenha consciência disto!

Rogério de Freitas é síndico profissional, graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing e Gestão Empresarial.

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