Escolha por quais causas lutar

Escolha por quais causas lutar

Acompanho constantemente as queixas dos síndicos com assuntos que vão desde vizinhos que não se entendem, à normas da ABNT que impactam os condomínios.

Muitos condôminos têm um interesse genuíno pelo condomínio, afinal é sua casa e seu patrimônio. Porém, muitas vezes o volume de situações que as pessoas criam e depois exigem providencias do síndico, acabam sufocando e tirando o foco daquilo que realmente importa.

Quem nunca se sentiu irritado com barulho vindo do apartamento ao lado? Alguns, pasmem, têm que lidar com a fumaça da maconha que sobe sacada acima. Ainda tem as famosas situações nas garagens por estacionamentos irregulares, uso inadequado na piscina, academia, e não menos esgotante, as reclamações referente à limpeza, pois alguns realmente “procuram” algo para reclamar, e quando não encontram, inventam.

Algumas queixas revelam mais do reclamante do que da própria situação, isso acontece por que as pessoas são carentes, tem um narcisismo exagerado e pensam que tudo gira em torno delas, e que tudo que não vai bem é para lhes atrapalhar a vida.

Se não bastasse tudo isso, ainda há as manutenções, as responsabilidades, as questões legais.

O síndico é eleito para proporcionar organização no condomínio, a que se refere aos recursos, à segurança e ao cumprimento das normas para assim garantir a boa convivência e valorização do empreendimento.

Caso o síndico procure atender e satisfazer todas as situações e queixas que lhe chegam, irá se sobrecarregar de tal maneira que toda sua gestão poderá ficar comprometida. Contudo, é necessário saber ser político, deixar as portas abertas, ouvir, ser empático, e finalmente decidir se a reclamação é coisa de momento, é um conflito latente que possa vir a se tornar grande, ou é urgente que seja resolvido a fim de evitar desdobramentos nocivos para o condomínio.

Todos tem o desafio diário de escolher de que maneira os acontecimentos, que nem sempre são agradáveis, irão lhe afetar. É preciso ser filtro e não esponja. É preciso saber escolher quais lutas valem a pena e poderão trazer melhorias para o coletivo, e quais são apenas fruto de falta de educação ou necessidade de atenção das pessoas.

As pessoas folgadas estão por toda a parte. No trânsito quando estacionam sobre as calçadas sem se importar com os pedestres, no ônibus quando não são capazes de dar o lugar para um idoso, no supermercado quando furam filas. E não é diferente no condomínio. Quando estacionam nas vagas que não são suas, quando levam os carrinhos de compras para sua unidade e não devolvem no lugar, quando ligam uma furadeira num domingo as sete horas da manhã.

Quando o síndico consegue entender que é preciso criar uma barreira emocional para esses assuntos corriqueiros, e que esses problemas são de quem os criou e não seu, sua gestão será mais tranquila e por isso, muito mais eficaz. Quanto mais se dá atenção a assuntos miúdos, mais eles crescem. É preciso deixar alguns problemas morrer de inanição.

Martinha Silva é graduada em Administração, especialista em Gestão de Pessoas, gestora condominial em Itajaí e escritora.

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