Mesmo na baixa temporada, os prazos para a limpeza devem ser obedecidos
Na estação mais fria do ano, as piscinas dos condomínios são menos frequentadas e ficam, temporariamente, em segundo plano. Entretanto, ao contrário do que se imagina, a água dos banhistas precisa receber tratamento o ano todo e a manutenção deve ser realizada ininterruptamente.
O tema é, inclusive, uma questão de saúde pública. Sem a correta sanitização, as piscinas se transformam em alvos fáceis para a proliferação de bactérias, fungos e larvas de insetos transmissores de doenças, como febre amarela e dengue.
De acordo com o técnico em manutenção de piscinas, Rodrigo dos Santos, os prazos para a limpeza devem ser obedecidos. “A água é um elemento vivo e precisa de cuidados. Em piscinas de temperatura natural, as manutenções devem ser feitas a cada 15 dias, mesmo que não sejam efetivamente usadas”, esclarece.
A falta de manutenção no inverno gera outro problema: os altos custos com produtos para recuperar a piscina que esteve descuidada e com grande nível de sujeira. Para que a água se mantenha própria para o banho, são acrescidos alguns componentes a fim de equilibrar o nível de pH, cloro e alcalinidade. “Esse controle é muito importante. O cloro faz a desinfecção da água e o pH deve ser equivalente ao da faixa corporal para que não provoque danos aos banhistas, como ardência nos olhos, irritação, pele escamosa e ressecamento dos cabelos”, alerta o técnico.
Aquecidas
Durante os dias mais frios, a melhor opção é a piscina aquecida, porém elas exigem o dobro de cuidado. Isso porque, de acordo com o técnico Rodrigo Santos, “quanto maior a temperatura, maior é a evaporação do cloro e mais rápido acontece a reação em cadeia receptiva aos fungos, bactérias e algas”. A manutenção da piscina aquecida deve ser realizada, no mínimo, a cada sete dias e os parâmetros da água devem ser medidos diariamente. “A água quente libera mais a oleosidade do corpo e consome mais cloro”, explica.
Economia na baixa temporada
Na baixa temporada, o zelador pode fazer o serviço de um piscineiro externo? Para a engenheira química Fernanda Cristina Brietzig, o tratamento físico e químico da água da piscina pode ser feito por um funcionário interno, porém, ele deve possuir capacidade técnica para exercer esse serviço. “O funcionário irá se deparar com produtos químicos e consequentes reações químicas. O tratamento físico também deve ser executado com expertise, pois é indispensável para a qualidade da água”, explica.
Inicialmente pode parecer uma boa ideia para reduzir custos, mas caso o funcionário não seja capacitado para a tarefa, a prática pode custar caro ao condomínio. “Os produtos poderão ser usados de forma exagerada ou ainda de forma reduzida, causando problemas na água e no tanque que são difíceis e caros de tratar”, diz a engenheira.
Segundo ela, no caso de o funcionário possuir conhecimento técnico e experiência neste trabalho, pode ser uma alternativa para o período de inverno. Porém, devem ser vistos alguns aspectos legais, como o conteúdo do contrato de trabalho, a Convenção Coletiva de Trabalho da região e a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). “O síndico, na tentativa de reduzir o custo, não pode correr o risco de ensejar o acúmulo de funções”, alerta Fernanda.
DICAS
- Limpe diariamente a superfície da piscina com a peneira, para remoção de folhas, cabelos, mosquitos e outros resíduos
- Aspire o fundo da piscina a cada 15 dias e faça a limpeza das bordas com esponja e detergente neutro próprio
- Quando desativadas, desmonte as escadas e coloque sobre a piscina uma cobertura de proteção contra detritos e sujeiras para maior proteção.
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