Urbanismo e medicina têm tudo a ver. Pelo menos é no que apostam os entusiastas do active design, um conceito que pensa como as cidades podem ser desenhadas para promover estilos de vida mais saudáveis.
O movimento começou em Nova York, nos EUA, quando a prefeitura percebeu que poderia utilizar o urbanismo para criar uma cidade mais ativa e, com isso, reduzir os gastos de saúde combatendo doenças que eram causadas pelo sedentarismo e obesidade. A lógica é inspirada na reforma sanitarista que, durante o século 19, utilizou o urbanismo para reduzir a incidência de doenças infecciosas.
Faz sentido. Pesquisas conduzidas na Dinamarca revelam, por exemplo, que ao incentivar o uso de bicicletas, o governo economizou até seis vezes mais. Boa parte dessa economia veio do corte de despesas com saúde, uma vez que o uso de bikes reduz a poluição, os barulhos, promove a saúde, reduz o congestionamento e o stress, entre outros. O active design trabalha com a mesma lógica, mas indo além das bikes.
Matéria originalmente publicada em FREETHEESSENCE