O mês de novembro é marcado pelo Dia Nacional de Combate à Dengue.
A data é um lembrete e um convite para que toda população se mobilize e elimine locais com água parada e que possam servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti. O vetor é transmissor de três doenças: dengue, Zika e chikungunya.
Neste ano, Santa Catarina registrou mais de 100 mil casos de dengue, com a confirmação de 99 mortes. Já com relação à chikungunya, foram registrados 51 casos (sendo 16 deles contraídos dentro do estado). Nenhum caso de Zika foi confirmado. “São números altos. E é por isso, que é importante que cada um faça sua parte. Evitar a proliferação do mosquito segue sendo a melhor forma de prevenção às arboviroses”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
O dia D serve de alerta para o próximo período sazonal das arboviroses, ou seja, época do ano em que mais casos são registrados. “A combinação de calor e chuvas favorece a proliferação do mosquito. E por isso é tão importante começarmos desde agora a eliminar locais que possam acumular água. Lembrando que estes cuidados devem se estender ao longo de todo ano e de preferência serem realizados uma vez por semana, que é o tempo do ciclo de vida do mosquito, ou seja, em sete dias ele se transforma de ovo até mosquito adulto”, explica o diretor.
Período chuvoso
Os períodos de calor intenso e muitas chuvas são oportunos para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Com a maior quantidade de chuvas, aumenta a oferta de criadouros onde a fêmea do mosquito pode deixar seus ovos. Isso, juntamente com as altas temperaturas, acelera o desenvolvimento do mosquito. Outro detalhe importante: ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos ao entrarem em contrato com a água da chuva”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
Prevenção
Condomínios possuem um ambiente favorável para o surgimento de focos da doença por causa da variedade de locais onde o mosquito transmissor, Aedes Aegypti, pode se reproduzir. É estimado que 90% dos focos estejam não em ruas ou esgotos, mas em jardins ou residências - o que inclui também prédios.
Veja dicas e cuidados necessários nas áreas comuns dos edifícios:
• Ralos externos e canaletas de drenagens para água da chuva: usar tela de nylon para proteção ou colocar sal semanalmente
• Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro) ou, ainda, duas colheres de sopa de sal, no mínimo, semanalmentE
• Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água
• Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água
• Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento
• Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente
• Piscinas sem uso frequente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água. Muita atenção às piscinas em unidades de coberturas que possam estar fechadas e sem acesso. Com a incidência de chuvas intensas registradas em Santa Catarina as piscinas enchem e podem se transformar em criadouros
• Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos enquanto não têm a destinação adequada
• O síndico deve divulgar junto aos condôminos os problemas observados e as condutas a serem adotadas e distribuir a todos material informativo de prevenção.