A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o mais recente Informe Epidemiológico que compreende até 21 de abril. Nas últimas semanas, o número de casos de dengue e chikungunya vem aumentando em Santa Catarina.
Foram identificados 32.833 focos do mosquito Aedes aegypti em 250 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 178 são considerados infestados pelo vetor.
A Bióloga da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), Tharine Aparecida Dal-Cim, ressalta a importância de a população fazer a sua parte na eliminação dos possíveis focos do mosquito. Segundo ela já foram identificados mais de 16 mil casos prováveis de dengue no Estado. Além disso, foram confirmados cinco óbitos por dengue e sete permanecem em investigação pelas secretarias municipais de saúde. A bióloga também chama atenção para o aumento da transmissão de chikungunya. Já são 707 casos prováveis da doença, sendo que 510 já foram confirmados, o que representa um aumento de mais de 700% comparado ao mesmo período do ano passado. “Tanto a dengue quanto a chikungunya são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. É importante a população manter a vigilância e, a melhor maneira de prevenir a transmissão dessas doenças, é através da eliminação dos possíveis criadouros do mosquito, que vão desde depósitos pequenos, como uma garrafinha pet, uma lata de tinta que ficou no ambiente acumulando água da chuva ou até grande depósito como uma calha que seja obstruída ou uma caixa d'água que não seja bem vedada e tampada, todos esses locais podem ser utilizados pelo Aedes aegypti para a postura dos seus ovos”, alerta.
Prevenção em condomínios
Condomínios possuem um ambiente favorável para o surgimento de focos da doença por causa da variedade de locais onde o mosquito transmissor, Aedes Aegypti, pode se reproduzir. É estimado que 90% dos focos estejam não em ruas ou esgotos, mas em jardins ou residências - o que inclui também prédios.
Veja dicas e cuidados necessários nas áreas comuns dos edifícios:
• Ralos externos e canaletas de drenagens para água da chuvas: usar tela de nylon para proteção ou colocar sal semanalmente
• Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro) ou, ainda, duas colheres de sopa de sal, no mínimo, semanalmente
• Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água, eliminando eventuais poças após cada chuva
• Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água
• Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento
• Vasos sanitários sem uso diário: manter sempre tampados, acionando a descarga e semanalmente; caso não possuam tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva. Não sendo possível a vedação, acionar a válvula semanalmente, adicionando a seguir duas colheres de sopa de sal
• Pratos de vasos de plantas: substituir a água por areia grossa no prato, até a borda
• Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente
• Piscinas em período de uso: efetuar o tratamento adequado com cloro
• Piscinas sem uso frequente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água. Muita atenção às piscinas em unidades de coberturas que possam estar fechadas e sem acesso. Com a incidência de chuvas intensas as piscinas enchem e podem se transformar em criadouros
• Recipientes descartáveis: acondicionar em sacos de lixo e disponibilizá-los para coleta rotineira da limpeza pública
• Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos enquanto não têm a destinação adequada
• O síndico deve divulgar junto aos condôminos os problemas observados e as condutas a serem adotadas
• O síndico também deve distribuir a todos os condôminos o material informativo de prevenção.
Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de SC