Durante o primeiro mês de atuação Trato pela Costa Norte, em Florianópolis, os técnicos do programa observaram que muitos moradores e comerciantes enfrentam dificuldades para selecionar a caixa de gordura mais adequada.
Por isso, a CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) reforça aos moradores que a escolha deve ser baseada na capacidade efetiva de retenção de gordura.
“Escolher uma caixa de gordura utilizando como parâmetro o volume total, somando a estrutura e o cesto, pode levar o morador a uma escolha incompatível com as suas necessidades”, explica o engenheiro Tiago Trés, da JPR Ambiental, executora do Trato. Para Trés, o critério de escolha deve ser a capacidade máxima que o dispositivo tem de acomodar gorduras e sólidos antes de precisar ser limpo.
Para condomínios, o tamanho da caixa de gordura é dimensionado utilizando a fórmula:
V = (2 x n x 4) + 20, onde “n” é o número de apartamentos do bloco que será contemplado pela caixa de gordura. Exemplo: Um bloco residencial possui 12 apartamentos com somente 01 (uma) coluna de contribuição ( V= (2 x 12 x 4) + 20 / assim V = 116 litros).
Logo, a capacidade mínima necessária da caixa de gordura deve ser de 116 litros.
Essas caixas podem ser feitas de alvenaria ou PVC, e variam em modelos e formatos, visando facilitar a limpeza ou aumentar sua capacidade.
Os técnicos do programa enfatizam a importância de atenção às especificações técnicas no ato da compra, priorizando a capacidade de retenção em detrimento do volume total. Esta orientação visa assegurar a escolha correta, minimizando custos de manutenção futuros e impactos ao meio ambiente.
Falta de manutenção pode resultar no entupimento
Em condomínios, bares e restaurantes a limpeza da caixa de gordura precisa ser feita com muito mais frequência, e pode ocorrer mensalmente, semanalmente ou até diariamente, variando em função do número de moradores (no caso de edifícios) e da quantidade e do tipo de alimento que o estabelecimento produz (em caso de lanchonetes e restaurantes).
A falta de manutenção adequada pode resultar no entupimento da caixa de gordura, bloqueando a passagem correta da água e gerando desconfortos, como mau cheiro, além de outros prejuízos. Portanto, é crucial realizar a limpeza preventiva, evitando que a caixa atinja seu limite de capacidade.
Outro ponto importante é evitar o uso de soda cáustica como solução paliativa para adiar a limpeza. Além de ser perigosa, a soda cáustica pode agravar o problema e causar entupimentos mais graves.
Para orientações detalhadas sobre a escolha e manutenção de caixas de gordura, recomenda-se o contato com os técnicos do programa Trato pela Costa Norte pelo telefone 48 98876-8210 (via WhatsApp) ou presencialmente, na rua Rodolfo Hickel, n° 350 – Canasvieiras