No último dia 6 de março, o superintendente-adjunto de Regulação de Saneamento Básico da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Alexandre Anderáos, divulgou, durante o Seminário de Gestão do Esgotamento Sanitário (Seges), um estudo de 2022, que afirma que apenas 29,1% da população de Santa Catarina é atendida por rede de esgoto. E, de todo o esgoto gerado, somente 34,8% é tratado.
O Seges é realizado pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina e o Instituto Rui Barbosa. Anderáos mostrou dados da cobertura do serviço por região. No Sul, 47,4% da população é atendida com coleta e tratamento de esgoto. O pior índice é da Região Norte, com 13,1%. Conforme a lei n. 14.026/2020, que atualizou o marco legal do saneamento básico, a meta é atender 90% da população brasileira até 2033.
De acordo com o superintendente-adjunto da ANA, seriam necessários entre R$ 500 e R$ 900 bilhões para universalizar a prestação de serviços de saneamento no Brasil até 2033, o que inclui também o abastecimento de água, que, segundo a lei, deve chegar a 99% da população no mesmo prazo. Há também as particularidades de cada lugar.
O representante da ANA também enfatizou que não é possível a universalização apenas com recursos públicos ou apenas com recursos privados. São necessários investimentos dos dois tipos, além de tarifas que cubram os custos de investimento e de manutenção e operação.