Preços de locação de imóveis caem até 50%

Preços de locação de imóveis caem até 50%

 

A crise econômica tem feito com que potenciais locatários posterguem a decisão de assinar o contrato de aluguel de imóvel no Grande ABC. Com isso, locadores chegam a ficar até um ano com a unidade fechada, em muitos casos, a não ser que diminuam o valor, que chega a 50% do cobrado originalmente.

“A crise faz com que todos tenham de reduzir os preços, pois há muitos imóveis disponíveis e poucos clientes para alugar. Mas os que têm maior dificuldade em serem locados são os de condomínios de valor alto”, afirma o proprietário da Colicchio Imóveis Miguel Colicchio Neto, conhecido como Guta.

Em São Bernardo, no Centro, um apartamento de 140 m² (metros quadrados) cujo custo do aluguel era R$ 2.000, agora é ofertado por R$ 1.000. O condomínio, no entanto, é de R$ 1.350. “A realidade mudou. Ninguém quer investir agora. E quem não reduz o preço não consegue locar. Mesmo nos casos em que o condomínio é baixo”, avalia a gerente de locação da Gonçalves Imóveis, Kátia Camargo. “Tínhamos um apartamento no Nova Petrópolis que estava anunciado desde janeiro por R$ 900, com condomínio de R$ 500. Desde então, tentávamos mostrar ao proprietário que o valor não estava compatível com o mercado, e sugerimos que diminuísse para R$ 700. Ele relutou e, neste mês, como não aguentava mais pagar o condomínio, reduziu para R$ 600. Em uma semana conseguiu alugar.”

O Índice FipeZap de Locação, realizado em parceria entre a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) e o portal Zap, que acompanha o preço do aluguel residencial em nove cidades brasileiras, com base em valores anunciados na internet, mostra que o preço médio do m² em São Bernardo, única cidade da região a ser avaliada na pesquisa, era de R$ 19,01 por mês em agosto. O aluguel é o segundo mais barato, segundo a pesquisa, ficando atrás apenas de Curitiba (R$ 15,96 o m²). A média no Brasil é de R$ 33, sendo as cidades mais caras Rio de Janeiro (R$ 39,02) e São Paulo (R$ 36,78).

Na prática, porém, o m² praticado na cidade oscila entre R$ 15 e R$ 17. Três anos atrás, chegava a R$ 24. “Quando se trata de casa, em que há maior risco de assalto, o preço geralmente é menor do que o de um apartamento, pois quanto maior o tempo em que ela permanece fechada, maiores os riscos”, explica Simone Manfrinato Andreta, gerente de locação da Casari Imóveis. “E, hoje, leva-se em média cinco meses para conseguir alugar, diminuindo o preço. Se não mexer, pode levar até sete. Em uma época boa, sem a crise, no máximo demorava três meses para locar.” Ela conta que imóveis que tinham aluguel de R$ 1.200 agora saem por R$ 750 em bairros como Assunção, Centro, Planalto, Nova Petrópolis e Demarchi.

De acordo com o índice, no acumulado do ano os valores cobrados na cidade subiram 5,49%, mas ainda estão abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que atingiu 7,06% de janeiro a agosto. Na média do País, a variação está negativa em 1,21%.

Guta cita que o valor do metro quadrado praticado hoje em São Bernardo é semelhante ao de Santo André, dependendo do porte do imóvel. Porém, reconhece que, quanto mais caro, mais tempo leva para ser locado. Ele exemplifica com um apartamento no bairro Jardim, de 100 m², cujo aluguel custava R$ 2.500 e o proprietário baixou para R$ 2.000 mas, mesmo assim, ele está há um ano fechado.

MUDANÇAS - “Pelo que estamos vendo, têm saído mais aluguéis de R$ 500 a R$ 600 por mês. Há anos eu não via tanta oferta nessa faixa. A inadimplência, por outro lado, cresceu bastante, e muita gente desocupa o imóvel e volta para a casa dos pais e outros parentes”, diz Kátia.

Ela aponta também que embora o prazo padrão dos contratos seja de 30 meses, pelo menos 60% dos locatários pedem que conste cláusula que os isente de multa após 12 meses, caso o acordo seja cessado. “Enquanto a crise perdurar, ninguém mais tem garantia de que estará empregado por tanto tempo.”


Pesquisa mostra que 30% deixaram para alugar em 2016

Pesquisa realizada com 1.693 usuários do Imóvelweb, portal de classificados on-line do mercado imobiliário, revela que 30% dos entrevistados deixarão para concretizar no ano que vem a locação ou a compra de imóvel. Na contrapartida, 70% disseram que o farão ainda neste ano.

Os consumidores que postergaram a negociação para 2016 afirmaram que os principais motivos foram: economia instável (31%), os imóveis devem estar mais baratos em 2016 (24,5%), medo de não conseguir aprovação do financiamento (10%), medo de perder o emprego (6%).

Dentre o público que adiou a transação, 48% garantiram que manterão os mesmos parâmetros de busca, enquanto 33% pretendem alterar o valor de imóvel procurado, 23% deverão mudar a localização, 12% o número de dormitórios e 10% a metragem.

Os apartamentos lideram as buscas, com cerca de 56%, seguidos por casas, com aproximadamente 40%. As mulheres estão à frente pela procura de imóveis, com 54%, sendo que as famílias com duas e três pessoas são a maioria, com 31% e 26%, respectivamente.

A renda familiar predominante está na faixa de até R$ 3.940 (38%) e de R$ 4.428 a R$ 7.880 (33%). Em relação à forma de pagamento, 65% dos usuários não pretendem pagar à vista. Mas dos que farão a transação sem financiamento, 7% usarão o FGTS, 6% recursos da poupança e 22% outra forma de aplicação.

Em relação ao número de transações efetuadas, 33% já compraram um ou mais imóveis anteriormente e 29% estão na primeira compra. Sobre aluguel, para 14% é a primeira vez, contra 24% que já realizaram a locação. O principal fator que motiva a busca de um segundo imóvel, seja para compra ou locação, é o tamanho. Cerca de 35% afirmaram que é maior e 23,5% que é menor.

Fonte:http://www.dgabc.com.br/

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