Aumentou tanto que virou fato comum fechar ruas com portões de acesso e até guaritas, transformando áreas públicas em condomínios fechados. Infelizmente, a decisão desses moradores não é apenas por simples privacidade, mas por garantia de segurança devido ao alto índice de assaltos a residências. O síndico de um “condomínio” no Jardim Oriente, no Parque Dez, Zona Centro-Sul, identificado apenas como Charlon, ao ser contatado, por telefone, se mostrou revoltado por matéria publicada em outro veículo e se negou a dar mais detalhes sobre o assunto. “Já fomos muito criticados, por isso não temos mais interesse em qualquer publicação jornalística. Não insista porque não vou dar entrevista. Essa é uma decisão nossa, da associação de moradores”, disse o síndico, antes de desligar abruptamente o telefone.
Ao contrário do síndico, o corretor de imóveis Geraldo Teixeira, 57, um dos primeiros a colocar uma cancela (portão) na rua Kobe, disse que mora há 15 anos no local e não vê nenhum problema em assumir a decisão tomada. “No início, não tinha autorização, mas depois a Prefeitura autorizou. Fizemos isso para garantir segurança. Inclusive, em frente à minha casa houve aquele caso de duas mulheres assassinarem um publicitário a facadas. Então, se o poder público não nos garante segurança, pelo menos tem que permitir que a gente se proteja”, argumenta Teixeira. Segundo ele, os moradores pagam cota de condomínio para custear despesas com os seguranças que se revezam nas guaritas.