Janeiro Branco, a vida pede equilíbrio

Campanha Janeiro Branco incentiva a reflexão sobre as necessidades relacionadas à saúde mental e ao bem-estar Campanha Janeiro Branco incentiva a reflexão sobre as necessidades relacionadas à saúde mental e ao bem-estar

Campanha nacional incentiva adoção de hábitos que promovam o equilíbrio emocional

De janeiro a dezembro as cores invadem o calendário da saúde como um alerta para a necessidade de conscientização da população. E como o início do ano é uma época em que é comum que as pessoas façam reflexões sobre a própria vida, a campanha Janeiro Branco, coordenada pelo Instituto que leva o mesmo nome do movimento, convida para uma reflexão sobre saúde mental.

A iniciativa, que neste ano traz o tema “A vida pede equilíbrio”, tem como objetivo chamar a atenção das pessoas, instituições e autoridades para as necessidades relacionadas à saúde mental e ao bem-estar.

Dentro desse cenário de preocupação com a saúde emocional, a campanha Janeiro Branco – que em 2023 completa dez anos – contribui para que as pessoas reflitam sobre suas relações, analisem o passado que viveram e os objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia e busquem uma melhor qualidade de vida.

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Julião Oliveira: “Inteligência emocional é a base das relações adultas e maduras”

Para o terapeuta Julião Oliveira, que há oito anos atua como mentor e educador, além de ser palestrante na área de Inteligência Emocional, levantar temas relacionados aos cuidados com as emoções é fundamental. Ainda mais quando falamos sobre condomínios, dada a sistemática de como as relações são estabelecidas nesse tipo de espaço e todas as intercorrências que podem ser geradas a partir dessa convivência diária.

“O mundo dos síndicos merece atenção especial por se tratar de um ambiente em que nem sempre quem assume o cargo de síndico foi preparado tecnicamente para a função. Dessa forma, programas como o Janeiro Branco são essenciais para um trabalho de apoio, especialmente no campo das emoções”, pontua Oliveira.

O terapeuta defende que emoção, inteligência e energia vital estão conectadas. Então, para que o síndico possa manter a qualidade dessas importantes áreas da vida, é necessário que ele compreenda que o trabalho que exerce não é a sua vida. Precisa colocar-se como um prestador de serviços que é remunerado para isso, não como o “salvador do condomínio".

“Quando ele se mantém nessa posição, o peso dos problemas não cai sobre os seus ombros diretamente, e sim do seu cargo, que tem hora para começar e terminar diariamente”, explica Oliveira. O especialista ainda destaca que, dentro desse posicionamento, ele vai ter que desenvolver um trabalho focado em mitigar a falta de clareza e os erros de comunicação, que são os principais pontos que geram impasses dentro dos condomínios.

“Quando o síndico não tem clareza do seu papel e se coloca na posição de faz-tudo sem qualquer limite, dá aos moradores o direito de comandarem a sua agenda. Por isso, estabelecer um manual de normas e conduta condominial pode ajudar e muito a manter a paz”, complementa o terapeuta.

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Gerson Marcch: “É possível ter qualidade de vida mesmo com uma rotina agitada”

Ideia reforçada pelo Life Coach Gerson Marcch, especialista em Mudança Comportamental, que defende que o líder de um condomínio deve mostrar para os condôminos, bem como aos colaboradores, a importância de se manter o equilíbrio nas relações. Dessa forma, o gestor tem um papel ativo nesse contexto, que pode ser desenvolvido, por exemplo, através de campanhas de conscientização.

Já como dica para que os síndicos possam lidar melhor com o estresse da função, Oliveira alerta para a importância de se ter uma agenda clara e bem definida, com todas as suas atribuições e demandas do condomínio. Além da necessidade de se estimular a busca pelo autoconhecimento, tanto para uma evolução pessoal, quanto profissional. E o mais importante, que desenvolvam a comunicação não violenta, para que tenham maior colaboração de todos. É preciso trazer os demais condôminos para perto, ao invés de afastá-los.

Panorama da saúde mental

Os transtornos emocionais viraram uma das principais preocupações de saúde para 49% dos brasileiros. É o que aponta pesquisa da Global Health Service Monitor, feita pela empresa Ipsos em 34 países espalhados por todos os continentes. Enquanto que em 2018 apenas 18% dos brasileiros diziam que tópicos como depressão e ansiedade eram fontes de inquietude, em quatro anos esse número deu um salto de 2,7 vezes, chegando a quase metade da população em 2022.

“No mundo, uma a cada quatro pessoas sofre com algum nível de transtorno emocional. E a principal causa desse número está associada à ausência de propósito e visão de futuro. São pessoas que vivem como barcos à deriva, com suas vidas desorganizadas e sem nenhum rumo claro. Com isso podemos imaginar o que oferecem aos ambientes onde estão inseridas. Pode ser dentro de uma família, de uma equipe, de uma congregação e, até mesmo, em um condomínio”, avalia Marcch.

O Life Coach aponta que, com os dados citados acima, é possível ter uma ideia do caminho que a humanidade está tomando e das consequências dessa baixa qualidade de saúde mental. “Se juntarmos ainda dados sobre frustração, esgotamento físico, estresse e outras causas, poderemos entender o tamanho da necessidade de uma ação imediata de instituições e autoridades”, pontua.

Marcch defende que a cultura da saúde emocional e psicológica começa por você, que sente que está passando por sentimentos constantes de frustração, estresse ou insights ansiosos em excesso. “Buscar ajuda ainda no começo é fundamental, pois quanto mais cedo esses fatores forem detectados, mais facilmente serão tratados. Essa é uma questão real e prioritária da qualidade de vida atual e futura da humanidade”, afirma.

Inteligência emocional e qualidade de vida nos condomínios

Em tempos pós-pandemia, falar sobre saúde emocional nos condomínios é fundamental tanto para o síndico, quanto para os moradores. E, enquanto de um lado a percepção é de um aumento significativo dos conflitos, do outro, com a consolidação do home office, o maior tempo de permanência em casa é inversamente proporcional à menor tolerância com o vizinho. Ou seja, se antes o barulho das patinhas do pet no andar de cima passava desapercebido, hoje pode ser motivo de grande estresse.

Para Oliveira, inteligência emocional é a base das relações adultas e maduras. Ele acredita que todo profissional deva ter, antes de mais nada, a gestão apropriada de suas emoções, pois ela será o guia dos pensamentos e ações.

O terapeuta lembra que inteligência emocional para síndicos tem a ver com paciência, saber ouvir as diferenças, mediar conflitos sem se envolver em primeira pessoa, entender que os problemas do condomínio são passageiros e que ele é o agente de soluções. “Qualidade de vida tem a ver com equilíbrio. Atividade física, boa alimentação, rede de networking saudável e uma série de outros fatores alinhados. Como profissional, o gestor é o representante dos demais moradores e, por isso, deve exercer sua função com democracia”, destaca.

Marcch concorda que é possível ter qualidade de vida mesmo com uma rotina agitada. “Não só na jornada de síndicos, mas em qualquer área. Para isso é inerente que a pessoa, em sua vida íntima e, principalmente nesse caso, na profissional, aprenda a fazer gestão do tempo e desenvolver clareza, foco e disciplina”, explica.

Consciência e equilíbrio

Perceba que se você estiver calmo e respirar fundo frente a uma situação, prestará atenção no pensamento que está dominando você e no significado que está dando a ele. Tudo isso acontece em fração de segundos, e o desafio está justamente em ter o controle da situação.

Conforme a emoção que você estiver sentindo no momento, que pode ser de raiva ou euforia, por exemplo, você irá gerar alguma ação e, com essa ação, um resultado. Se o resultado visualizado for ruim, é hora de mudar o significado que você deu ao pensamento.

Levando isso em consideração, confira algumas dicas de como tomar essa consciência, transformando comportamentos nocivos em equilíbrio emocional:

• Pare, respire e tome a decisão de romper com essa escassez emocional em sua vida;

• Viva mais em estado de presença, sentindo o momento (percebendo o milagre da vida ao seu redor, e não a escassez);

• Busque o autoconhecimento – de preferência com um profissional ajudando, pois sozinho é mais difícil;

• Conheça suas crenças e padrões limitantes de comportamento;

• Tenha um propósito de vida claro;

• Use a técnica P.S.A.R: pensamentos geram sentimentos, que geram ações, que geram resultados.

Fonte: Gerson Marcch

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