Econômicas, sustentáveis e saudáveis, bicicletas ganham mais espaço nas cidades.

Como em muitas cidades litorâneas, Balneário Camboriú conta com bons espaços para a prática do ciclismo. Além disso, também sofre com os problemas da falta de mobilidade que no verão se intensifica com a chegada dos turistas. Com o objetivo de melhorar a viabilidade do município e incentivar hábitos saudáveis, está em análise na prefeitura um projeto para a implantação de bicicletas compartilhadas que pretende contar com 20 estações e 200 bicicletas no total.

Com cerca de 70 bicicletas catalogadas no condomínio, Rafael Weiss, síndico do condomínio edifício Las Vegas, avalia que o projeto é importantíssimo numa cidade tão adensada como Balneário Camboriú. “Nos últimos anos, vi os esforços do poder público em fazer uma malha cicloviária eficiente por toda a cidade. Percebi que, com ela, o número de pessoas andando de bicicleta pela cidade aumentou consideravelmente”, ressalta Rafael.

Rafael relata que o condomínio sempre teve bicicletários e no ano passado inclusive foi realizada uma ampla reforma e ampliação do espaço. “Há o problema de que muitos proprietários abandonam as bicicletas no condomínio, que acabam virando sucata. Com a reforma fizemos uma armação de ferro e as bicicletas ficam penduradas, sem tocar no chão. Além dessa grande armação com os ganchos para pendurar, também reestruturamos toda a sala, implantamos sistema de monitoramento 24h no local, iluminação em led e colocamos interfone numa das saídas do ambiente, onde cada condômino aciona o porteiro para abrir a porta e pegar sua bicicleta”, relata o síndico.

Temporada de verão

Por outro lado, o síndico profissional Fabrice Delmond administra vários condomínios na cidade e relata que a maior parte dos prédios ainda não possui um local específico para guardar as bicicletas e, quando tem, às vezes, especialmente durante a temporada, não comporta a demanda.

“Temos, por exemplo, um condomínio de 36 apartamentos com mais de 40 bicicletas e, com o desenvolvimento das ciclovias, tem aumentado o uso desse sistema de transporte”, descreve.

Fabrice também apoia o projeto de bicicletas compartilhadas como acontece em cidades como Paris, Amsterdã, Curitiba e Rio de Janeiro. “Para o morador anual, acho que não irá mudar muito, pois a maioria continuaria usando a própria bicicleta. No entanto, o condômino veranista, este sim pode ser realmente privilegiado, pois não precisará mais trazer a bicicleta”, conclui o síndico.