Pets ganham mais espaço nos condomínios

  • 03/Abril/2013 - Graziella Itamaro
Pets ganham mais espaço nos condomínios

 

O aumento crescente do número de animais de estimação nos lares brasileiros tem levado os condomínios a se adaptarem aos novos inquilinos.

Pesquisas apontam que o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de cães e gatos, com 48 milhões de animais, sendo 32 milhões de cachorros e 16 milhões de felinos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Outros números também ajudam a confirmar a força do setor de pets no país. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet) mostram que o setor cresce cerca de 20% ao ano e os gastos com animais de estimação já são incluídos no orçamento doméstico por ser uma quantia significativa. O mercado movimenta R$ 9 bilhões por ano no Brasil, possui cerca de 80 milhões de clientes em potencial e tem meta de crescimento acima do que é esperado para a economia do país. E com a população de animais de estimação crescendo nas grandes cidades, também aumentam suas necessidades, principalmente de espaço, já que muitas vezes são considerados membros das famílias.

Espaços exclusivos

Com a verticalização das cidades e o espaço cada vez menor das residências, por exemplo, os proprietários de animais também têm procurado por imóveis que tenham espaços apropriados para o lazer com os bichinhos. Antes os condomínios se limitavam a oferecer salão de festas e playground para as crianças, mas os novos empreendimentos estão sendo planejados para oferecer áreas diferenciadas.

Conectadas com as demandas do mercado, as construtoras vêm incorporando aos novos empreendimentos projetos com áreas destinadas exclusivamente para o entretenimento de animais de estimação. Denominados Pet Play, os espaços oferecem conforto, segurança e área para os moradores passearem e brincarem com os animais, que podem gastar as energias com mais comodidade para seus donos.

Convivência

Alexandra Lange é síndica de dois condomínios no bairro Pantanal, em Florianópolis. Entregue em 2012, o condomínio Vila Rica já veio com o Pet Play incorporado no projeto original da construtora. “O espaço é simples. Tem um gramado para os animais correrem e postes de madeira, mas os moradores aprovam e utilizam muito com seus animais. A sujeira é de responsabilidade de cada um, e disponibilizamos lixeiras para facilitar a coleta”, explica Alexandra. Um pouco mais antigo, o Residencial Palma de Maiorca não possui espaço destinado para os animais de estimação e, apesar do interesse de alguns moradores, a ideia ainda não conquistou a todos. “O assunto já foi levado para assembleia, mas é difícil de ser aprovado”, relata a síndica Alexandra.

O Condomínio residencial Villes de France possui uma grande área com gramado e árvores destinadas para o passeio e lazer com os animais. Segundo Silvio Gustmann (foto ao lado), síndico do condomínio, o edifício tem mais animais de estimação do que crianças e por isso o espaço é bastante utilizado. No entanto, a convivência nem sempre é tranquila entre os moradores que possuem animais e os que não possuem. “Buscamos conscientizar os moradores para que levem seus animais no colo até o Pet Play, mas nem sempre isso acontece, o que acaba gerando transtornos quando os pets fazem sujeira ou barulho nas áreas comuns”, explica o síndico.

Atividades

O veterinário Luciano Silva orienta que o espaço ideal para os animais deve conter área para exercício, ambiente com reservatórios de água, bancos, almofadas impermeáveis e, além disso, também é interessante ter uma caixa de areia, brita fina ou grama sintética. Quanto ao tamanho do espaço, Luciano explica que depende do número de animais que frequentarão o local, mas o mínimo é 6 metros quadrados por animal.

Para os que desejam investir um pouco mais nos Pet Plays, Luciano recomenda elementos que permitam atividades variadas, como por exemplo, circuitos de corrida, rampas, cones, túneis, obstáculos, brinquedos e até divisórias para separar grupos rivais, evitando as brigas. “Não podemos esquecer que existem os animais dominantes e a tendência desses é querer demarcar a área. Nesses casos, um adestrador ajudaria muito a manter a ordem no local”, explica o especialista.

Com relação à ordem do espaço, o veterinário recomenda o estabelecimento de regras específicas que sejam divulgadas em local visível, exigindo, por exemplo, atestado de vacinação, vermifugação e controle de pulgas e carrapatos. Além disso, é importante sinalizar bem as áreas diferenciando as de recreação das sanitárias. “Uma possibilidade é designar alguém que fique atento a esses assuntos, de preferência alguém que tenha animal e utilize a área frequentemente”, explica.

Por Graziella Itamaro

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