Energia solar é alternativa para reduzir escalada na tarifa da conta de luz

No Residencial Torres Del Paine foram instalados 144 placas fotovoltaicas divididas entre os dois blocos No Residencial Torres Del Paine foram instalados 144 placas fotovoltaicas divididas entre os dois blocos

De acordo com profissional da área, nos três primeiros meses de 2023 cerca de 150 condomínios já instalaram sistemas fotovoltaicos em Santa Catarina

O Brasil alcançou mais um importante resultado na geração de energia solar fotovoltaica: em março, o país ultrapassou a marca de 28 GW de potência instalada, indicando um crescimento de 86% em um ano, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), feita no final de 2022, aponta o acréscimo de 10 GW ao longo desse ano.

Muitos elementos ajudam a entender esse movimento, sendo um deles a constante escalada na tarifa da conta de luz. Como alternativa, cada vez mais brasileiros optam pela instalação de painéis fotovoltaicos para a geração da própria energia. Esse tipo de equipamento já é bastante comum em empresas, escolas, residências e em condomínios, que enxergam a possibilidade de baratear as despesas das áreas comuns.

“A procura dos condomínios por energia solar cresceu muito, pois propicia economia direta na taxa condominial de todos os moradores, além de valorizar o imóvel. Temos casos de faturas de R$ 5 mil que foram reduzidas para aproximadamente R$ 120. Este é o benefício que a energia solar pode trazer para os condomínios, além de ser uma energia limpa, de fonte renovável”, explica Evandro de Paula Santos, que trabalha com a instalação de painéis fotovoltaicos em condomínios de Santa Catarina.

De acordo com o profissional, somente em 2023 aproximadamente 150 condomínios instalaram sistemas de energia solar em Santa Catarina.

Aprovação em assembleia

Um desses espaços é o Residencial Torres Del Paine, em São José, na Grande Florianópolis. A síndica Geny Lúcia Feijó Pereira explica como foi o processo de aprovação da instalação das placas solares nos dois prédios do condomínio, que abriga 119 apartamentos e um total de 420 pessoas.

“Um dos objetivos da nova gestão, eleita em 2022, era instalar energia solar no condomínio tendo como principal meta a economia. O gasto médio mensal com energia elétrica era de R$ 6 mil. Entramos em contato com várias empresas solicitando uma visita técnica e, posteriormente, a apresentação de orçamento e projeto de instalação”, afirma a síndica.

De acordo com Geny, após a aprovação junto aos conselheiros, a proposta foi encaminhada aos moradores em assembleia, de forma que eles a aprovaram de forma unânime. “Depois de finalizado o processo de instalação, a Celesc veio fazer a troca do nosso relógio central por um relógio para medição de energia solar”, explica.

A potência do sistema instalado no Residencial Torres Del Paine é de 64,08 KWp, e foi necessária uma área de 288 m² para instalação dos 144 módulos fotovoltaicos (72 em cada bloco). A geração média mensal de energia estimada é de 6.791 kwh/mês.

Cuidados na hora da contratação e viabilidade técnica

Apesar dos benefícios para o condomínio, o síndico precisa estar atento a alguns cuidados antes de escolher uma empresa para instalar o sistema. Evandro de Paula Santos aponta alguns detalhes importantes que devem ser observados pelos gestores.

“Escolher uma empresa que já possua credenciais, recomendações de outros síndicos e que conheça a realidade dos condomínios e suas particularidades. A empresa escolhida deve fornecer, além das garantias dos fabricantes, um seguro específico para energia solar que contemple o período de obra até após o sistema instalado”, detalha.

Outro ponto de atenção é sobre o estudo técnico do local para saber a viabilidade de instalação das placas fotovoltaicas no condomínio.

“A empresa executora do projeto deverá ficar responsável por todo o processo, que envolve a homologação do sistema fotovoltaico na concessionária de energia (Celesc), acompanhamento da entrega dos materiais, instalação dos equipamentos, comissionamento e conferência das instalações, solicitação de vistoria junto à Celesc e orientação ao síndico sobre o funcionamento do sistema”, completa o profissional.

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