Internet das coisas: uma revolução tecnológica para os condomínios

Internet das coisas: uma revolução tecnológica para os condomínios

A conectividade entre diferentes dispositivos e sensores, definidos de acordo com as necessidades de cada espaço, pode proporcionar mais conforto, segurança e economia para os edifícios

Imagine se quando acabasse algum produto na sua geladeira o mercado recebesse automaticamente um aviso e já enviasse um novo para a sua casa, debitando o valor direto da sua conta no banco. Parece um sonho distante, mas essa interação entre objetos já é uma realidade e se chama ‘Internet das Coisas’ou loT, sigla em inglês para Internet of Things.

No Brasil, são 150 milhões de aparelhos conectados, o que movimenta anualmente 4 bilhões de dólares. E a expectativa é que até 2020 o país chegue à marca de 30 bilhões de conexões entre objetos, segundo dados da IDC Brasil, empresa líder em inteligência de mercado e consultoria nas indústrias de tecnologia da informação e telecomunicações.

Mas afinal, o que é exatamente a ‘Internet das Coisas’ e como ela pode ser aplicada para simplificar a rotina dos condomínios? De acordo com Everton Pitz, gestor de TI, podemos dizer que o conceito dessa interação está ligado a como as coisas se comunicam entre si e com os usuários. Leve-se sempre em consideração que tudo isso é realizado através de sensores inteligentes e softwares, capazes de coletar e transmitir dados via internet. Com o mapeamento do ambiente é possível transformar essas informações em algo relevante para os moradores.

“A utilização desse tipo de interação entre os objetos está trazendo cada vez mais conforto, segurança e economia aos usuários. No caso dos condomínios, um bom exemplo é o sistema que pode ser utilizado para identificar a presença de moradores nas áreas de convivência. Com isso, o alarme do prédio pode ficar 100% ligado, desabilitando apenas as zonas em que os condôminos vão passando com a sua tag ou celulares.O salão de festas é outro espaço que pode ser configurado para a iluminação baixar gradativamente e o ar-condicionado desligar quando faltar dez minutos para o fim do horário de funcionamento previsto na convenção. Assim, seria possível evitar muitos atritos entre condôminos e dor de cabeça para síndicos e porteiros”, explica Pitz. Além disso, o controle de equipamentos dos prédios também pode ser programado.

Em Florianópolis, o condomínio Boulevard Hercílio Luz utiliza um sistema de radiofrequência que abre os portões assim que o carro do morador é identificado. Segundo a subsíndica, Alessandra Cunha, que faz parte da administração há nove anos, a utilização da tecnologia trouxe mais segurança e organização para o tráfego de aproximadamente 200 veículos.

Alexandra Subsindica Boulevard Hercilioluz
Alessandra Cunha, subsíndica do condomínio Boulevard Hercílio Luz

“Como temos grande rotatividade de veículos, o sistema de tags nos ajudou a resolver um grande problema de identificação e o melhor, a baixo custo. Todos os carros dos moradores recebem uma etiqueta de radiofrequência no para-brisa, que é reconhecido automaticamente quando o carro se aproxima do portão. É tão rápido, que em minutos já está aberto e toda a movimentação, de entrada e saída, fica registrada no nosso sistema por pelo menos seis meses. Com essa medida ganhamos segurança e ainda conseguimos deixar o porteiro mais livre para monitorar as câmeras instaladas nas duas torres”, comenta.

Como funciona?

Para ajudar os síndicos a entenderem melhor sobre como a ‘Internet das Coisas’ pode impactar no seu dia a dia e, até mesmo, ajudar na economia do condomínio, o especialista e palestrante da área, Luiz Ávila, explica como o sistema funciona, as vantagens e o que podemos esperar do futuro. Confira a entrevista:

Luiz Avila
Luiz Ávila: “As pessoas terão acesso e controle total dos equipamentos pela internet”

Como o senhor definiria a internet das coisas?

AIoT é a evolução para o acesso à internet. Não pelas pessoas, mas pelas coisas, que a partir de agora estão conectadas, como geladeiras, micro-ondas, máquinas de café, ar-condicionado, lâmpadas etc. Com isso temos acesso e controle total dos equipamentos pela internet. As “coisas” geram informações sobre seu funcionamento e o ambiente ao seu redor. E essas informações podem ser coletadas e analisadas em tempo real, ou quase, por sistemas de gestão em nuvem, que por sua vez podem ser tomadas ações, automatizadas ou não, com base em determinadas situações. O crescimento da cultura maker e o aparecimento de computadores miniaturizados, tais como o Arduino e o RaspberryPi, aceleraram a difusão deste conceito.

Qual a diferença entre automação e Internet das Coisas?

Automação é a implementação de um processo para aumentar a eficiência de uma determinada tarefa, por exemplo, o portão eletrônico com controle remoto. Nesse caso temos a implementação de uma tecnologia que otimiza o fluxo de entrada e saída do condomínio. Outro exemplo de automação são sensores de presença para controle da iluminação, esses sensores apenas acendem e apagam as luzes de um determinado ambiente. Já a Internet das Coisas, como vimos na definição, é quando os objetos estão conectados, gerando informações de seu funcionamento e podem ser adaptados conforme a análise das informações geradas.

Como ela pode facilitar o dia a dia dos condomínios?

O controle inteligente de iluminação, identificando áreas de maior fluxo de pessoas para maior conforto, ou no controle de entrada automatizado com tecnologia RFID, de radiofrequência, são exemplos práticos da aplicação da tecnologia. Outra possibilidade está no jardim, em que o solo onde as plantas e as flores estão pode ser monitorado por um sensor de umidade. E quando este chegar a um determinado nível preestabelecido o sistema pode disparar um comando automático para ativar a irrigação automaticamente.

Como estamos falando de tecnologia, quais as possibilidades em um futuro próximo?

Já é realidade a utilização de sistemas de identificação por rádio frequência para controle de fluxo de entrada e saída de veículos e pedestres. A próxima leva acredito que sejam os monitores de consumo. A cada dia aparecem novos equipamentos que podem tornar financeiramente viável o seu uso nos condomínios.

Qual a relação custo-benefício?

Algumas aplicações que dependem de equipamentos de alta precisão e mais complexos podem ser mais caras, inviabilizando sua aplicação. Mas, outras podem ser facilmente adaptadas utilizando as plataformas Arduino e Raspberrypi.

Como essa tecnologia está sendo aplicada nos condomínios brasileiros?

Que eu tenha conhecimento, alguns condomínios inteligentes têm todo o seu funcionamento, iluminação e consumo, controlados por IoT. Um bom exemplo é o Torre Santander, em São Paulo, que desliga o computador do usuário quando este registra seu ponto de saída.

Um condomínio conectado

Confira algumas facilidades que a Internet das Coisas pode oferecer ao dia a dia dos moradores e síndicos:

  • Com câmeras e softwares específicos, é possível fazer uma análise no ambiente e verificar se tem alguém parado ou próximo aos portões das garagens por muito tempo. Caso apareça uma pessoa nas imagens, é enviado um alerta aos moradores para que todos fiquem atentos ao entrar e sair do condomínio;
  • Se a caixa d’água está com nível baixo, é possível alertar o síndico que dali a tanto tempo o condomínio vai ficar sem água. Com isso se evitaria que no período de maior consumo os moradores fiquem sem água. O mesmo procedimento pode ser feito em casos de falta de energia, que também iriam influenciar no abastecimento das unidades;
  • Caso o tempo de abertura e fechamento dos portões mudar conforme o padrão adotado, o sistema pode alertar o síndico e a empresa que presta serviço de manutenção, para uma ação preventiva;
  • Outra possibilidade está em monitorar as garagens dos prédios, principalmente os que foram construídos em terrenos com desnível, em caso de enchente. Para não serem pegos de surpresa com o aumento do nível de água na rua, os sensores conseguem avisar previamente o morador se o carro dele está correndo algum risco;
  • Com etiquetas RFID nos objetos do salão de festas (pratos, talheres, eletrônicos etc.), é possível saber se alguém levou algum item para o seu apartamento. E, além disso, identificar se a saída foi pela área de pedestre ou pela garagem. O sistema multa automaticamente a unidade que reservou o salão de festas e manda uma mensagem para o síndico;
  • Sensores no telhado do condomínio podem alertar o síndico de que é necessário realizar uma limpeza nas calhas;
  • No caso dos elevadores, se algum parar de funcionar é possível enviar um alerta diretamente para a empresa responsável pela manutenção. Esse aviso também pode conter informações como se alguém ficou preso ou qual o problema para que a empresa já leve a peça certa para o conserto
  • A tecnologia também oferece a facilidade do agendamento do salão de festas, que gera “chaves” de acesso para os visitantes cadastrados. Assim, eles podem ter acesso ao condomínio por um aplicativo no celular. O morador é notificado por mensagem sempre que um convidado chegar ou sair do prédio
  • As leituras de água e gás individuais podem ser feitas em tempo real. Com isso, os condôminos podem monitorar seus gastos, evitando ultrapassar os limites
  • É possível verificar por sensores e software se há algum um vazamento oculto de água ou gás no condomínio. O síndico será alertado de que tem algo errado e onde está o problema. 

    Fonte: Everton Pitz

SERVIÇOS:

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