Segurança dos condomínios em xeque

Segurança dos condomínios em xeque

A pandemia mudou a rotina de todos e redobrou os cuidados nos condomínios. No dia a dia, os síndicos além de terem adotado medidas restritivas e de reforço sanitário, que também impactaram diretamente o setor financeiro, tiveram que ficar ainda mais atentos a questões de segurança.

Em Balneário Camboriú, os gestores têm relatado uma série de pequenos furtos, principalmente de patinetes e bicicletas. Só no último mês foram registradas mais de 100 ações que, apesar de serem na maioria das vezes de baixo prejuízo, alertam para a questão da vulnerabilidade desses imóveis, reflexo de falhas na segurança.

Diante disto, a grande preocupação está no fato de que quem entra para furtar pequenas coisas, também pode cometer delitos mais graves. Ainda mais que os mecanismos de segurança foram facilmente burlados, mostrando a todos que as barreiras de acesso ao espaço não estão funcionando perfeitamente.

No condomínio Villa Veneto, administrado por Renato Giacomini Antunes, um assaltante aproveitou o término do expediente do porteiro noturno para invadir o espaço. A ação foi gravada pelas câmeras de vigilância, que registraram o momento em que ele consegue arrebentar a fechadura com sistema de ímã e furtar o patinete elétrico de um morador.

Sindico Renato
Síndico do condomínio Villa Veneto, Renato Giacomini Antunes

Além do boletim de ocorrência feito pelo proprietário do equipamento, o síndico trocou a tranca por outra mais resistente, com sistema de travas fixadas na parede, e estendeu o horário de saída do colaborador do turno da noite. O sistema de segurança do prédio tem também 15 câmeras espalhadas pelo condomínio, com monitoramento dos moradores, sensor sonoro nas portas de entrada social e serviço e no portão da garagem, que opera com tempo reduzido de abertura e fechamento para evitar a intrusão de estranhos.

Outro caso parecido foi registrado no Residencial Camboriú Center, que conta com apartamentos distribuídos em duas torres, além de uma galeria comercial. Segundo o síndico Gilberto Emilio Martin, o porteiro não percebeu a presença do ladrão, que entrou de “carona” com outros jovens, pegou o patinete elétrico de um morador e conseguiu sair sem nenhuma suspeita.

O condomínio ressarciu o proprietário e agora vai cobrar judicialmente dos moradores que facilitaram a entrada, já identificados nas imagens. “A nossa ação não é tanto pelo valor, mas pelo efeito. As pessoas precisam saber que pagarão por erros ‘ingênuos’ como permitir caronas. Só assim irão vigiar mais. No prédio temos sistema de câmeras, acesso via tag, porteiro toda a noite e estamos investindo em alguns itens que nos deixarão ainda mais protegidos”, comenta Martin.

Gilberto Camboriu
Equipe de funcionários do Residencial Camboriú Center e o síndico Gilberto Emilio Martin

Segurança condominial

Os síndicos acreditam que uma das medidas de maior impacto seria o cuidado dos próprios moradores. De acordo com eles, de nada adianta o prédio ter inúmeras soluções tecnológicas, se os condôminos não ajudarem a coibir a ação de meliantes com medidas simples de segurança.

Ideia reforçada pelo consultor em segurança privada e corporativa, Izaias Otacílio da Rosa, ao definir que a escolha de um alvo é uma prerrogativa do criminoso, que avalia, experimenta, testa a capacidade de resposta e executa sua ação. O especialista acredita que os gestores condominiais necessitem olhar para além das soluções eletrônicas e perceber que algumas vulnerabilidades possam ser tratadas com soluções não eletrônicas ou apenas potencializadas por elas, como é o caso de barreiras de controle e travas auxiliares.

Para ele, uma das formas mais simples de reforçar a segurança é assumindo a perspectiva do criminoso. “Teste seus sistemas de segurança existentes, verifique se o que está contratado está funcionando e sendo executado. Procure identificar vulnerabilidades em suas barreiras de controle de acessos. Além disso, converse com seus prestadores de serviços, instigue-os a propor aprimoramentos ao modelo atual e contratado pelo condomínio”, orienta Rosa.

Aliado a isso, André de Pauli, consultor em gestão de segurança condominial, lembra que muitos gestores tendem a concentrar atenção, quase que exclusivamente, no que o mercado tem a oferecer e não em como efetivamente se proteger. Por isso, ele recomenda que busquem a assessoria de especialistas independentes de fornecedores de produtos e serviços. “Os síndicos não devem comprar, devem conduzir processos de compras técnicas. Além disso, não cabe debater em assembleia detalhes e sim o plano diretor de segurança”, comenta.

Para ele, gerenciar não é apenas aplicar um sistema, mas sim medir seu desempenho e aperfeiçoá-lo continuamente, utilizando as ferramentas estabelecidas nos Sistema de Qualidade (NBR ISO 9.000) e Sistema de Gestão de Riscos (NBR ISSO 31.000). “Tudo deve ser coordenado por um comitê específico, que acompanhará todo o processo e terá como responsabilidade apresentar o gráfico de evolução dos indicadores de desempenho aos moradores”, explica Pauli.

Casos recorrentes

De acordo com a tenente Brianna Tosetto de Souza, do 12º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina, localizado em Balneário Camboriú, há diversas formas de praticar esse tipo de crime. As mais comuns são aquelas em que o invasor consegue decodificar a fechadura do condomínio ou quando se utiliza da facilidade de entrar com um morador, pegando a famosa “carona”.

Em operações recentes, diante do aumento no número de ocorrências desse tipo, a PM conseguiu traçar o perfil dos imóveis que normalmente são alvo. Na maioria são prédios de luxo ou de classe média sem portaria, localizados na área central da cidade. “Tal característica se dá pela facilidade de não ter portaria e existir bicicletas de performance, por exemplo. Os infratores são normalmente usuários de droga, que utilizam o lucro da venda para aquisição de entorpecentes. E, recentemente, há também aqueles que estão se especializando nesse tipo de furto por causa das vantagens oferecidas, com o alto valor do equipamento”, avalia a tenente.

Entre os pontos de vulnerabilidade dos edifícios, ela destaca: falta de portaria física; fechadura precária; alta rotatividade de residentes, pelo fator turismo na cidade; moradores que não se preocupam em restringir o acesso de desconhecidos; ausência de punição para aqueles que facilitam o acesso de pedestre por onde só deve passar carro; e a ausência de câmeras eficientes e que sejam realmente monitoradas.

Como ter mais segurança no prédio

• Aderir a uma portaria 24 horas seria o mais indicado

• Conscientizar os moradores para que exista um controle entre eles de quem entra e sai do prédio

• Utilizar cadeados e demais dispositivos de segurança nas bicicletas, mesmo quando em bicicletários

• Quando a fechadura for de eletroímã, trocá-la ou reforçá-la. O ideal é fazer em três etapas (em cima, no meio e embaixo da porta) e não somente centralizado

• Restringir o máximo que puder o acesso ao prédio

• Instalar câmeras que emitam boa resolução das imagens, com gravação disponível e que envolva um real monitoramento.

Fonte: Polícia Militar

Tecnologia como segurança

Com o aumento dos índices de violência nas cidades, é normal que as pessoas busquem pela segurança oferecida nos prédios residenciais. E a tecnologia é uma forte aliada para reforçar as medidas de prevenção. Confira alguns dos sistemas mais modernos para condomínios:

Vídeo analytics - Software que analisa as imagens das câmaras de vigilância e identifica padrões de comportamento. Ao detectar alterações nos padrões de comportamento, o sistema automaticamente ativa as medidas de segurança que foram programadas para cada situação

Drones vigilantes – Controlados a distância, os drones são a grande novidade do mercado. Eles são utilizados para rondas em áreas onde as câmeras não alcançam ou mesmo não podem ser instaladas, como nos perímetros externos do condomínio

Sistema de controle de acesso – RFID – São tags utilizadas para abertura de portas em edifícios. Mas, elas também podem ser instaladas nos carros dos moradores para permitir a abertura de portões e cancelas automaticamente, caso o veículo esteja cadastrado na central de segurança

Leitor biométrico – Permite o acesso ao ambiente somente de pessoas cadastradas, tanto pela digital quanto leitura facial. Caso o morador seja rendido, o sistema trabalha com o alerta de pânico, que poderá ser acionado pela digital do dedo que foi previamente cadastrado como código de risco

Acesso por QR Code - Para ter acesso ao condomínio é preciso o uso de um smartphone. O sistema é um dos mais seguros, já que as informações codificadas da chave digital mudam instantaneamente, o que significa que nenhum leitor é igual ao outro

Portaria Virtual - Essa tecnologia dispensa a presença de um porteiro físico. O condomínio é monitorado por uma central a distância, que é acionada pelo interfone na entrada do espaço. A equipe de vigilância entra em contato com o morador, que por sua vez libera ou não a entrada do visitante.

Serviços

Encontre e cote serviços de Controle de Acesso

Encontre e cote serviços de Portões Automáticos

Encontre e cote serviços de Monitoramento Eletrônico

Encontre e cote serviços de Portaria Remota

Encontre e cote serviços de Vigilância Patrimonial

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