Com vida útil de 15 a 20 anos, equipamentos precisam de atenção redobrada por conta do tempo de uso e desgaste dos componentes

A evolução tecnológica está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. Por isso, muitos equipamentos necessitam de modernização para se adequar ao que tem de mais atual no mercado. Os elevadores, por exemplo, têm vida útil de 15 a 20 anos e precisam de atenção redobrada por conta do tempo de uso e desgaste. O cuidado deve ser constante, tanto na parte da segurança quanto na estética, para garantir o máximo de conforto ao usuário.

Especialista em elevadores, Paulo Roberto Theodorovitz, gerente comercial da empresa Escamax Elevadores, destaca que a modernização é indicada para substituir peças em equipamentos com mais de 15 anos e prolongar a vida útil do aparelho.

“Elevadores de até cinco anos são considerados novos, pois a reposição de peças é baixíssima. Após esse período, o desgaste natural faz necessária a troca de peças, como cabos de tração e óleo de máquina. Um histórico do elevador a cada cinco anos para ver a quantidade peças trocadas e quanto gerou de gastos vai indicar a necessidade de atualização”, afirma.

Atualização técnica e estética

Theodorovitz cita dois tipos de modernização: a técnica e a estética. “A modernização técnica é um combo de tecnologia para atualizar o que há de melhor no mercado, como biometria para o acionamento do equipamento e sistema inteligente, que realiza uma programação dos itinerários cumpridos pelos elevadores. Chamado de retrofit, sua atualização é específica para componentes elétricos e eletrônicos do elevador. Na estética, sua principal característica é embelezar a cabina e gerar conforto ao usuário”, explica.

Ambos os modelos de modernização podem ser feitos em qualquer tipo de elevador e geram economia. O equipamento novo reduz o valor da conta de energia elétrica do condomínio, que pode ser até 30% menor. Já o preço para executar a obra depende da demanda, pois alguns casos precisam de adequação às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Existem edifícios com mais de 20 anos em que o espaço necessário na caixa de corrida inviabiliza a adequação da cabina. Nesse caso, o condomínio precisa adequar-se para receber o equipamento moderno. Esse serviço é feito por engenheiros ou empresa especializada na área”, completa Theodorovitz.

Síndicos estão atentos à necessidade de modernização

Em Balneário Camboriú, a síndica Tecla Rocha observou o desgaste do elevador do Condomínio Santa Fé IV, de bloco único e seis andares, e levou aos moradores das 46 unidades a necessidade de modernização, que foi concluída há um ano por uma empresa especializada nesse tipo de serviço.

“Fizemos uma modernização total em todos os andares e alteramos o projeto para portas deslizantes. Colocamos cabine em aço inox, botoeiras modernas, aumento na altura do teto, iluminação nova, piso em granito, resgate automático, pesador de carga, painel de comando e maquinários novos. Os moradores ficaram muito satisfeitos, principalmente pela segurança proporcionada pelo equipamento”, afirma a síndica, que há nove anos está à frente do Santa Fé IV.

Outro síndico que está pronto para modernizar os elevadores é Helton Silveira de Souza. O administrador do Condomínio Orlando Sylvio Damiani, que fica no bairro Coqueiros, em Florianópolis, e tem quatro blocos com 26 unidades cada, justifica que a recorrência de incidentes é o motivo para buscar uma solução visando garantir mais segurança aos moradores.

“A discussão sobre esse assunto foi imediata a partir do momento que assumimos a gestão do condomínio. Entendemos que o equipamento não modernizado influencia a segurança e gera um risco iminente. Os benefícios são muitos, mas os principais são a segurança e a valorização do patrimônio”, finaliza o síndico Helton.

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