Sustentabilidade

Hora de separar e armazenar o lixo corretamente

06/Junho/2018        

Condomínios começam a dar atenção especial à gestão do lixo. Além de preservar o meio ambiente, pode gerar renda

A separação correta do lixo em condomínios é uma realidade e, cada vez mais, os síndicos estão buscando aprimorar o processo com ideias criativas e organizadas. Foi o que aconteceu com o síndico do Residencial Bosque das Estações, Leandro Pandolfo. Depois de conviver com um grande acúmulo de lixo no condomínio, ele resolveu projetar uma estrutura adequada para acomodar os dejetos produzidos pelas 390 unidades do residencial. Em janeiro deste ano, foi inaugurada a nova lixeira que já se tornou referência nas redondezas. 

“Levamos quase dois anos para juntar recursos, mais dois meses para construir a lixeira, e hoje estamos colhendo bons frutos, especialmente pelo descarte apropriado nas categorias orgânico, comum e reciclável. Inclusive reduzimos o montante de lixo comum em oito contêineres”, comemora Leandro.

Leandro Pandolfo Sindico
Depois de conviver com o problema de espaço para a colocação do lixo, o síndico Leandro Pandolfo mostra a lixeira construída no Residencial Bosque das Estações

Grande gerador de lixo, o residencial, que fica no bairro Bela Vista, no município de Palhoça, acomodava os contêineres nas dependências internas do condomínio, situação nada confortável devido à sujeira provocada no lugar e à péssima aparência. “A construtora não previu a quantidade de lixo que seria gerada pelos condôminos. No total, são 384 apartamentos residenciais e mais seis lojas comerciais distribuídos em oito blocos”, diz Leandro.

Há três anos administrando o condomínio, Leandro, a princípio, transferiu os contêineres – dois pequenos na frente de cada bloco – para o estacionamento dos visitantes. Mas também não deu certo, diante do acúmulo de dejetos que ficava espalhado no chão. Foi em busca de apoio de empresas da área de reciclagem e de uma especialista que o incentivou a planejar um sistema adequado para a separação do lixo. A partir daí, o condomínio contratou um arquiteto que fez o projeto de uma lixeira com destinação correta para seis categorias: lixo comum, orgânico, papel, plástico, metal e vidro.

A lixeira foi erguida em dois meses, novembro e dezembro do ano passado. Para orientar os condôminos sobre as diferenças dos materiais descartados e a maneira correta de separá-los e acondicioná-los, o condomínio preparou cartilhas, enviou e-mails, colocou cartazes nos murais e, algumas vezes, o síndico, com ajuda de moradores, ficou acompanhando o descarte feito pelos condôminos na lixeira. “Foi um trabalho de formiguinha, mas ainda estamos caminhando para o nosso objetivo que é a conscientização de todos”, afirma Leandro.
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O condomínio também se preocupou em revitalizar o espaço que antes era ocupado pelos contêineres. No local, foi construído um pergolado, com bancos e flores.

Sem coleta

O grande problema, no entanto, é que o município de Palhoça não faz a coleta seletiva, fato que desmotiva alguns moradores. Além disso, muitas empresas que trabalham com reciclagem não compram o material, apenas coletam no imóvel ou até mesmo cobram pelo serviço. “Já estamos com dificuldades de armazenamento”, lamenta Leandro, que pretende - além de colaborar com a preservação do meio ambiente - também ganhar um dinheiro extra para reverter em prol do condomínio.

É o caso da MM Recicla, empresa familiar localizada no bairro Carianos, em Florianópolis, que recolhe material reciclável em 10 condomínios do bairro Trindade. De acordo com o proprietário, Valdecir Moreira, a empresa só cobra para retirar entulhos de construção como madeira. O restante como eletrônico, alumínio, papel, papelão e metal são coletados sem custo para o cliente. “Já temos despesas com combustível, funcionários e deslocamento”, justifica ao contabilizar o resultado do trabalho: de 5 a 6 toneladas de reciclável por semana.

Já a empresa HS Serviço Ambiental, que fica em Forquilhas, município de São José, remunera os condomínios, desde que o material reciclável seja armazenado corretamente. “Como não temos triagem no local, coletamos papelão e plástico (ferro e alumínio são terceirizados) já selecionados pelos condomínios, prensamos na máquina e vendemos às indústrias que retiram do nosso depósito em fardos”, explica Elaine Hasckel, uma das sócias da empresa, fundada pelo seu pai há 27 anos.

Para Elaine, um dos maiores problemas dos condomínios é a falta de local para armazenamento, já que as empresas de reciclagem só trabalham com volumes grandes de material. Além disso, o lixo, geralmente, não vem separado corretamente, fato que acaba não remunerando o serviço. “Os síndicos, muitas vezes, começam um bom trabalho, mas não conseguem ir para frente por falta de educação ambiental dos condôminos”, argumenta Elaine, ao dar um exemplo de um condomínio de Florianópolis que deu certo. “Eles têm uma receita média por mês de R$ 232 com o recolhimento de mais ou menos mil quilos de material”.

Prefeitura de Palhoça

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Palhoça informou que o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos foi encaminhado à Câmara de Vereadores do Município. A ideia é realizar a coleta de recicláveis pela prefeitura e encaminhar os resíduos para as associações de catadores devidamente credenciadas. A assessoria não informou o prazo para o início da coleta seletiva.

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Vegetação dentro da lei

12/Novembro/2018        

Condomínios com espaços verdes também devem estar atentos às normas ambientais

Beleza à parte nas edificações, as vegetações podem proporcionar maior qualidade de vida para quem vive nas cidades, trazendo sombras, refrescando o ambiente, e até mesmo amenizando ruídos externos, agregando assim mais valor aos empreendimentos. No entanto, esses espaços verdes que tanto agradam aos olhos podem muitas vezes estar próximos a áreas de preservação ambiental, o que pede atenção especial com relação às leis que regem o assunto.

De acordo com Bruno Palha, fiscal de Meio Ambiente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), condomínios que possuem Área de Preservação Permanente (APP) no terreno só podem utilizar o espaço para preservação, ou seja, caso o ambiente seja afetado quem responderá é a pessoa jurídica que causou o dano. “Geralmente condomínio que tem APP averba a área no percentual de espaço verde de lazer, cabendo apenas preservar, pois a vegetação não pode ser cortada salvo o interesse público ou riscos iminentes mediante autorização dos órgãos ambientais”, explica.

Segundo Bruno, se a APP existir devido a um curso de água, por exemplo, deve haver o afastamento da borda da calha do rio em até 30 metros - para cursos de até 10 metros - e 50 metros de afastamento para cursos superiores a este, para qualquer tipo de construção.

Advogado especialista em questões ambientais, Guilherme Dallacosta explica que com relação ao plantio de árvoresem locais do terreno que estão fora de área de preservação, este pode ser feito independe de autorização dos órgãos públicos. Porém, quando se trata de plantio de árvores em APP, como é o caso de margens de cursos d’água, a legislação permite apenas que haja o cultivo intercalado de plantas nativas com frutíferas. “Já sobre o corte de vegetação é necessária a autorização do órgão responsável; no caso de Florianópolis, a FLORAM”, completa.

O especialista alerta que é importante seguir as orientações normativas de como proceder com os pedidos. “No caso de corte de árvores, por exemplo, exige-se um projeto assinado por um profissional habilitado, tal como um biólogo”, explica Guilherme.

O advogado salienta também que, ao contrário de outras ações, a responsabilização por dano ambiental não exige que haja a comprovação de culpa. Portanto, o órgão fiscalizador pode responsabilizar tanto a pessoa jurídica do condomínio quanto a pessoa física do síndico, e, não somente estes, mas também os membros da diretoria ou conselho fiscal. “Por essa razão osíndico deveprocurar semprepor especialistas que possam orientá-lo sobre o que deve ser feito, pois muitos condomínios sofrem com ações judiciais, multas administrativas e crimes ambientais”, esclarece.

Guilherme relata que muitas ações judiciais ocorrem por desconhecimento da legislação, como no caso da execução de uma obra que interfira no meio ambiente e seja executada sem uma licença ambiental e uma autorização de corte de vegetação, o que certamente incorre em descumprimento da lei. “Há casos de condomínios que estão consolidados há décadase que sofrem ações judiciais que visam aplicar a legislação ambiental atual. Com isso, é gerada uma insegurança jurídica e muitas vezes é necessário ajuizar ações contra a Prefeitura para que seja assegurada a legislação da época de implantação do condomínio, como por exemplo, o Plano Diretor de 1985, e assim o imóvel possa ficar isento da ação”, relata.

Só com autorização

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Situado no bairro Capoeiras, em Florianópolis, o condomínio Residencial Up Life enquadra-se nos que possuem APP no terreno e, segundo o síndico Gelson Carlos de Lima da Silva, as normas são conhecidas e seguidas rigorosamente. “Só realizamos o corte de árvores nativas sobre estrita necessidade, como por exemplo, se estiver ameaçando a estrutura dos prédios, e com a devida autorização necessária cedida pela FLORAM”, enfatiza o síndico.

O gestor explica que a autorização leva de 20 a 30 dias e que nesse período a FLORAM avalia a necessidade de poda ou retirada da árvore com uma compensação que pode variar, como por exemplo, o plantio de uma nova árvore. “Para conseguir a autorização é necessário quehaja um pedido feitoatravés de ata de assembleia condominial, com aprovação da maioria presente. Após dar a entrada no processo que é feito no site da fundação, um profissional do órgão faz uma vistoria ou solicita fotos da quantidade de árvores que serão podadas ou retiradas”, relata Gelson.

Segundo o síndico, após a liberação, em caso de podas, por exemplo, afundação geralmente autoriza o corte de apenas 1/3 das copas das árvores. Além disso, é necessário contratar uma empresa que trabalhe no segmento e que respeite as determinações da Prefeitura, pois a responsabilidade é do síndico em cumprir as normas e, caso não forem seguidas podem levar a multas de até 10 mil reais por árvore. “Na dúvida sempre é melhor contratar gente especializada, dessa forma, além das determinações, também cuidarão para deixar a poda esteticamente bonita”.

Na avaliação do síndico todas as medidas evitam que se prejudique a natureza por influência do homem. “Essa burocracia é necessária para que pessoas desinformadas não tomem decisões sem ter um conhecimento técnico”, conclui.

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(Matéria originalmente publicada em 15/05/2017)

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Energia solar em alta

17/Abril/2017        


A Celesc lançou em fevereiro deste ano um projeto que fornece subsídios para a aquisição do sistema de painéis fotovoltaicos em unidades consumidoras residenciais.

Em tempos de turbulência econômica, muita gente procura "apertar o cinto". Nos condomínios residenciais não é diferente, e síndicos e moradores têm procurado diferentes maneiras para economizar nas contas. Da individualização da cobrança de água à instalação de portarias "virtuais", são muitas as opções que ajudam a baixar o gasto mensal de apartamentos e edifícios. A medida mais recente que muitos condomínios têm adotado é a geração de energia solar por meio de painéis fotovoltaicos.

Em 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou a Resolução n. 687, que regulamentou e trouxe facilidades para que casas, edifícios comerciais e residenciais, e indústrias possam gerar energia elétrica renovável. Nesse embalo, a Celesc lançou, em fevereiro deste ano, um projeto que fornece subsídios para a aquisição do sistema de painéis fotovoltaicos em unidades consumidoras residenciais de Santa Catarina.

Como os condomínios, em sua totalidade, não são considerados unidades residenciais, é preciso individualizar a geração de energia solar para cada apartamento. " Cada consumidor precisa entrar com uma solicitação separada", explica Márcio Lautert, engenheiro elétrico da Celesc e gerente do projeto de painéis fotovoltaicos residenciais.

As inscrições para o projeto "Bônus Fotovoltaico" da Celesc ficaram abertas durante cinco dias, com procura muito acima da expectativa da empresa. "Disponibilizamos o projeto para 1.000 unidades consumidoras e tivemos 11.925 inscrições. Agora, estamos fazendo triagem e vistoria técnica para ver quais serão contempladas, porque é preciso cumprir alguns requisitos, como a correta inclinação e orientação do telhado", afirma Lautert.

No condomínio Residencial Granville, localizado na Trindade, em Florianópolis, um dos moradores foi contemplado pelo projeto e entrou em contato com a síndica Elizete Pacheco. "Temos uma assembleia agendada para discutir a questão e analisar toda a questão legal, porque é necessário 20 m² de telhado para cada unidade e não teríamos o suficiente caso muitos moradores decidissem fazer a instalação dos painéis", comenta Elizete.

Apesar da preocupação da síndica, o engenheiro elétrico da Celesc garante que não há problemas legais. "Essa estimativa de 20 m² é para a produção de 300 KW/h por mês, que é um consumo considerado médio-alto para uma família. Esse cálculo é feito para que o sistema cubra 90% da capacidade de consumo. Se o espaço precisar ser reduzido para atender a todos os moradores, os painéis cobrirão 50% do consumo, por exemplo", explica Márcio Lautert.

Elizete Pacheco
Elizete Pacheco, síndica do Residencial Granville, na Trindade, em Florianópolis

Economia em longo prazo justifica o investimento

No projeto da Celesc, a instalação completa dos painéis fotovoltaicos custa R$ 6.682,33 para cada unidade consumidora. "A estimativa que temos é a de que a instalação dos painéis gere uma economia de até R$ 2.000 por ano. Assim, em três ou quatro anos essa conta está paga", afirma o engenheiro elétrico da Celesc, Márcio Lautert.

Para fazer a instalação pela Celesc, é preciso ficar atento à documentação. Para os casos em que o telhado do último andar do edifício é considerado área comum, é necessário entregar uma ata da reunião de condomínio, com assinatura de todos os moradores, autorizando a instalação. Se o telhado for considerado privativo, é preciso entregar a Convenção do Condomínio que especifica o uso do espaço.

Ainda com dúvidas sobre a legislação, a síndica Elizete Pacheco está em contato com a Celesc para avaliar uma possível instalação dos painéis para um ou para todos os apartamentos. "A minha preocupação é abrir o precedente e depois não conseguir atender a todos os moradores", explica. "Se eu morasse em uma casa, já teria feito. Aqui no condomínio, estamos pensando em fazer, pelo menos, para as áreas comuns. É uma medida muito bacana, porque gera economia e traz uma reeducação do consumo", finaliza Elizete.

 

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Feira de orgânicos na Fatma será quinzenal

03/Abril/2017        

 

Verduras, frutas e hortaliças produzidas sem agrotóxicos serão vendidas em mais uma edição da feira de orgânicos no hall da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) na sexta-feira, 31.

A partir de agora, a feirinha tem mais uma novidade: será realizada a cada quinze dias, nas segundas e quartas sextas-feiras de cada mês. O evento começa às 8h e vai até às 16h, na rua Felipe Schmidt, 485, no Centro.

Durante o evento serão vendidos alimentos produzidos de forma sustentável e também nativos da Mata Atlântica, como açaí, pinhão, erva-mate, aipim, banana, farinha e até carvão. Todos os itens são produzidos sem agrotóxicos. Além da Fundação, participam do evento organizações como o Box 721 do Ceasa e as associações Valor da Roça, Flor do Fruto, Biguaçu e Sitío do Lício, Ratones.

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A feira é resultado da participação da Fatma na Comissão Estadual de Produção Orgânica e no Fórum Catarinense de Combate ao Uso Excessivo de Agrotóxicos. “A feira é realizada mensalmente, sempre na primeira sexta-feira de cada mês e tem sido bem aceita tanto pelos agricultores, quanto pelos consumidores”, explica a engenheira agrônoma e uma das organizadoras do evento, Cíntia Uller Gomez, da Gerência de Licenciamento Agrícola e Florestal da Fatma.

 

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Reciclagem: Condomínios transformam lixo em lucro

30/Agosto/2016        


Iniciativas promovem a reciclagem – inclusive de orgânicos – para utilização final no próprio condomínio, além de remuneração e troca de benefícios com empresas.

Em 2015, mais de 200 mil toneladas de lixo foram produzidas apenas na capital catarinense, o que corresponde à média de 600 toneladas por dia. Imagine que, ao invés de despejar essa quantidade de resíduos em aterros sanitários – contaminando toda a natureza do entorno -, o lixo fosse transformado em adubo para plantas e alimentos, novos materiais para circulação, fonte de empregos e até mesmo renda para os condomínios? Pois essa prática já existe e tem ganhado força na Grande Florianópolis.

A coleta seletiva pública é feita na capital catarinense desde 1988, pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap). Segundo a companhia, hoje são atendidos 100% dos bairros, porém 90% dos domicílios, já que não há condições da coleta de porta em porta “pelas características geográficas” da cidade. Os recicláveis, então, são doados a associações de triadores e catadores da região – cada tonelada economiza ao município R$ 126 de serviços de transportes e aterramento.

Além da coleta seletiva realizada pelos municípios, cresce o número de empresas que oferecem serviços de gestão de resíduos focadas no conceito do lixo zero – e isso inclui os orgânicos, sobre os quais ainda persiste a ideia de que não é possível reaproveitá-los. O RecicleAqui.com é uma delas, com programa que funciona da seguinte maneira: o síndico solicita a visita de um técnico, que apresenta o projeto e verifica as condições de armazenamento e geração de resíduos no local. Uma proposta comercial, então, é apresentada, e o condomínio passa a fazer a separação dos recicláveis em grupos.

“Quando os materiais recicláveis estocados atingem a quantidade programada, o síndico, por agendamento, solicita a retirada dos materiais, que são levados ao galpão onde são pesados, registrados no sistema e é feito posterior pagamento ao condomínio”, detalha o engenheiro Thiago Arlindo Pereira, gerente de projetos da empresa, ao explicar que o pagamento é feito por quilo, de acordo com o material.

A empresa ainda oferece ajuda ao condomínio que precisa adequar o local de armazenamento – o grande embate para os edifícios com área comuns pequenas -, além de disponibilizar sacarias para o depósito do lixo. “Realizamos visitas diárias a novos condomínios. Os síndicos, assim como os condôminos, estão muito interessados em praticar a reciclagem, visando não apenas o benefício financeiro, mas a certeza de que o material coletado seguirá para a destinação correta, voltando para a indústria e deixando de ir para aterros sanitários”, frisa Thiago.

Também na Grande Florianópolis está a empresa Novociclo, que oferece um serviço de planejamento de locais para armazenamento, treinamento da equipe de limpeza, operação de coleta de todos os resíduos, com acompanhamento por plataforma on-line e consultorias periódicas. A remuneração ao condomínio é feita através de um sistema de pontuação para os itens reciclados, que é revertido em descontos na mensalidade e produtos de limpeza ecológicos ou adubo.

RECICLAGEM
Síndico Edson Machado Pinto implantou um sistema de compostagem que transforma os resíduos orgânicos
do condomínio em adubo

Lixo vira adubo

Enquanto algumas pessoas preferem ignorar o destino final de todo o lixo produzido diariamente, o síndico profissional Edson Machado Pinto decidiu transformar em vida o que poderia ser simplesmente descartado e poluir a natureza. Isso porque ele decidiu implantar no Condomínio Jardim Rio Tavares, no Sul da Ilha, um sistema de compostagem em que todos os resíduos orgânicos das casas, além das podas e galhadas, são transformados em adubo a ser utilizado pelos próprios moradores.

Após o intenso trabalho de conscientização e motivação, os moradores gostaram da ideia e aprovaram o projeto em assembleia. Um sistema com montagem de leira de compostagem termofílica, então, foi projetado para que todo o trabalho seja feito no próprio condomínio. Para isso, uma empresa especializada foi contratada para realizar a trituração do material e o manejo da composteira. Os outros recicláveis, por sua vez, são recolhidos por catadores conhecidos – iniciativa que o síndico profissional aplica também em outros edifícios.

“É preciso desenvolver a consciência social dos moradores, para que eles entendam que a separação adequada dos resíduos recicláveis no condomínio permite, no mínimo, que famílias de catadores tenham uma base de sustento mais fácil, e que o município gaste menos com a logística desses materiais”, destaca Edson.


Como funciona a coleta seletiva em Florianópolis

Os recicláveis comuns: Plástico, papel, vidro e metal.
Para onde vai: Material é doado a associações de catadores.
Locais de coleta: Todos os bairros de Florianópolis, com 90% dos domicílios atendidos.
Periodicidade: 6 vezes por semana nas regiões comerciais do Centro e Estreito / 2 vezes por semana nos bairros do Continente, Jurerê Internacional e parte da Bacia do Itacorubi / 1 vez por semana nos demais bairros e balneários.

Fonte: Comcap

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Condomínios aderem à captação da água da chuva

25/Maio/2017        


Sistemas que captam água da chuva para utilização em vasos sanitários, sistemas de irrigação e outras áreas passam a ser obrigatórias em Florianópolis.

O tema sustentabilidade ganha cada vez mais força no universo dos condomínios e, ao contrário do que muitos pensam, não significa gasto excessivo. E os benefícios são inúmeros, tanto para o bolso e o bem-estar, quanto para a natureza. Nesse cenário, uma das medidas que cresce na Grande Florianópolis é a utilização de sistemas de captação de água da chuva. Esse tipo de tecnologia, aliás, passa a ser obrigatório na capital catarinense após aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 1.231/2013.

Com a regra, todas as novas edificações comerciais e residenciais com área acima de 200 m² deverão utilizar o sistema. Segundo o gabinete do vereador Pedro de Assis Silvestre (PP), o Pedrão, autor do projeto, a publicação no Diário Oficial está prevista para este mês de junho. “É necessário estimular as pessoas para que tenham atitudes mais conscientes. Além de ser ecologicamente correto, esse sistema de captação é viável financeiramente, pois custa em torno de 1% do valor total da obra”, disse Pedrão.

Bem antes da obrigatoriedade, edifícios de Florianópolis já haviam optado pela tecnologia. E gostaram. Síndico profissional há sete anos, Rafael Irani Silva administra três condomínios que utilizam a captação de água da chuva, o Villagio Di Siena (Ingleses), o Villagio Di Capri (Cachoeira Bom Jesus) e o Porto dos Açores (Jurerê). “O sistema de captação de água das chuvas é uma realidade que, aos poucos, vai se tornando obrigatória, e representa uma alternativa simples e barata no combate à falta de água dos municípios”, avalia.

Como funciona

O funcionamento do sistema é simples: a água da chuva é captada no telhado por meio de calhas e acumulada em uma cisterna fechada - uma espécie de caixa d’água - , que fica separada da potável. Depois, passa por um sistema de pré-tratamento (ou não, dependendo do tipo), para então abastecer vasos sanitários, torneiras de serviço, irrigações de jardins e até mesmo redes hidráulicas de incêndio.

água da chuva
Síndico profissional Rogério de Freitas

“A diferença dos tipos de sistema é que alguns são mais simples e outros mais completos, com freio de água, gradeamento, filtragem e cloração, por exemplo”, explica a arquiteta Maria Lúcia Mendes Gobbi. “O freio de água serve para ajudar a reduzir o turbilhonamento da água quando armazenada, o gradeamento retira as partículas maiores, como folhas e galhos, a filtragem, que é feita por um filtro de areia, retira as partículas finas que estão em suspensão na água, e a cloração faz a desinfecção da água para o uso”, detalha.

O custo para implantação pode variar entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, dependendo do tamanho e complexidade do sistema, afirma Maria Lúcia. Outro ponto destacado pela arquiteta é a necessidade da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para o projeto, que deve ficar a cargo de um engenheiro hidrossanitário. “Ao fazer o projeto hidrossanitário, o engenheiro contempla todo o processo de água e esgoto. Ele entrará em contato com o arquiteto e solicitará os dados necessários para calcular a capacidade de uso e reuso e utilização específica, dependendo de cada projeto”, observa.

A economia com a utilização da tecnologia pode variar entre 5% e 20%, levando em conta a intensidade das chuvas e o consumo da edificação, diz Maria Lúcia. Nos condomínios administrados pelo síndico Rafael, no entanto, o número chega a 50% - o gasto para a implantação foi de cerca de R$ 5 mil. “Não tivemos problemas em nenhum sistema implantado, mas se deve atentar apenas para o tratamento periódico da água e limpeza constante de calhas e lajes captadoras”, disse o síndico, ao frisar a importância das manutenções.

Evitando problemas

O síndico Rogério de Freitas, que administra um condomínio no Saco dos Limões, teve problemas com o sistema de captação de água da chuva. Segundo ele, o condomínio já foi entregue com a tecnologia, mas houve problema de vazamento em uma das caixas d’água, o que resultou em infiltrações em duas unidades e na área comum do edifício. “Na concepção do projeto não foi prevista uma possibilidade de colapso. A laje onde as caixas estavam colocadas não possuía impermeabilização, provocando a infiltração”, relatou, ao contar que a solução foi apresentada e executada pelo prestador que implantou o sistema.

água da chuva
Rafael Irani Silva administra três condomínios que utilizam a captação de água da chuva

Apesar do problema, Rogério avaliou bem o sistema, afirmando que “gera bons resultados”, mas ressaltou a importância de se contratar um engenheiro e possuir um plano para o caso de um colapso. Assim como ele, a arquiteta Maria Lúcia também defende a tecnologia. “Sofremos enchentes e grandes alagamentos por termos negligenciado e desrespeitado a natureza. Precisamos cada vez mais buscar conhecer sistemas como esse, para utilizarmos e reutilizarmos a água com mais critério, atenção e economia. Vale a pena gastar um pouco mais, para depois ter o benefício por um longo tempo”, finaliza a arquiteta.

 

Publicado originalmente em 29/06/2016

 

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Autogeração de energia: o futuro já começou

09/Junho/2016        


Com a aprovação de novas regras da Aneel, condomínios estão autorizados a produzir sua própria energia, por meio de tecnologias sustentáveis. 

Autogeração de energia, gestão de resíduos para compostagem, reaproveitamento da água da chuva, horta compartilhada. No cenário atual do Brasil, que inclui falta de abastecimento de água, crescimento desenfreado dos aterros sanitários e catástrofes ambientais intensificadas pelo descaso do homem junto à natureza, essa realidade pode soar como pura utopia. Mas não é, e dá seus primeiros passos em Florianópolis. Com o conceito de moradia sustentável, o condomínio Vivá Residence Cacupé, no Norte da Ilha, é um dos que caminham rumo a uma tendência que pode facilitar a vida de muita gente.

Em fase de finalização para atender aos primeiros moradores, a proposta do condomínio emerge em paralelo a uma nova resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de março deste ano, que permite que o consumidor instale em sua unidade pequenos geradores, como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, para trocar energia com a distribuidora local e reduzir o valor da conta mensal.

O processo para adaptar a residência à autogeração de energia é simples: basta procurar uma empresa especializada, conhecida no mercado como “integrador”, que realiza todos os procedimentos, da venda dos equipamentos e instalação, às burocracias junto à Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e início do funcionamento total. Vale ressaltar que a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é obrigatória nesse tipo de projeto.

O embate, no entanto, é o investimento inicial, que pode variar de R$ 20 mil a R$ 40 mil, de acordo com o padrão de consumo de determinada família. Mas a economia é real: “O investimento se paga entre 6 e 10 anos, dependendo da irradiação solar e da tarifa da distribuidora”, destaca Alexandre Zucarato, engenheiro do setor de inovação da Tractebel, ao explicar que a cada kWh gerado pela microgeração, um kWh é economizado na conta de luz.

Valorização e sustentabilidade

Qualquer tipo de construção pode receber equipamentos para autogeração de energia elétrica. “A principal restrição é em relação à viabilidade técnica, no caso de construção em área com muita sombra ou pouco vento”, observa o engenheiro, ao frisar que o consumidor deve procurar uma empresa de confiança que trabalhe com o produto. “Infelizmente existem equipamentos de baixa qualidade, e, portanto, mais baratos, que não terão a vida útil prometida pelo vendedor. Vale a máxima de que o barato sai caro”.

Embora o investimento seja alto, o imóvel que conta com o sistema é imediatamente valorizado, comenta Marco Aurélio Alberton, vice-presidente de Tecnologia, Qualidade e Habitação do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). “É sempre uma oportunidade conectar o desejo da sociedade pelo apelo sustentável com o retorno financeiro em médio e longo prazo. A valorização do imóvel existe e está diretamente ligada também ao aumento dos custos iniciais para inserção dessas tecnologias”, diz.

A região da Grande Florianópolis ainda caminha a passos tímidos no cenário da autogeração de energia, descreve Marco Aurélio, mas assim como o condomínio Vivá Cacupé, existem outros empreendimentos que já são focados no sustentável. “Entendo que caminhamos cada vez mais para o aumento dos custos de geração de energia. Então, imagine se todas as casas, prédios e indústrias tivessem um forte incentivo para instalar sistemas de produção independente? Resolveríamos este grande gargalo no Brasil”, comenta o executivo, ao destacar a necessidade de incentivo dos governos e distribuidoras.

Sustentabilidade: um tema que veio para ficar

Com 28 painéis fotovoltaicos, o projeto de moradia sustentável do Vivá Cacupé foi desenvolvido em parceria com o Instituto Ideal da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com abastecimento das áreas comuns do condomínio. “O viés do condomínio nasceu com base na formação de uma vida mais sustentável, com a formação de uma nova cultura a ser valorizada e difundida pelos futuros moradores”, relatou Marlon Koerich, diretor da incorporadora do residencial.

O valor do sistema é a principal dificuldade na implantação, comenta Marlon, ao citar a falta de incentivos e tributação integral que desestimulam a aquisição da tecnologia. Ele, no entanto, acredita que a tendência é que haja redução dos custos com o tempo. “A sustentabilidade é um tema que veio para ficar. Florianópolis é exemplar quando se fala em tecnologia, e nesse tema não é diferente”, diz.

Situação em Santa Catarina

Santa Catarina possui cerca de 200 sistemas fotovoltaicos, um sistema a biogás e uma microcentral hidrelétrica, cita Alexandre Zucarato. O Estado, no entanto, ainda não aderiu ao convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que possibilita a isenção do ICMS incidente sobre a energia injetada na rede - 14 Estados mais o Distrito Federal já aderiram ao convênio. Sendo assim, em Santa Catarina, a cada 1 kWh gerado por uma residência, é recuperado cerca de 0,75 kWh.

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Podas ou cortes de árvores dentro da lei

13/Maio/2016        

Procedimentos para poda de árvores precisam ser aprovados em assembleia e por órgãos municipais.

Fundamentais para a qualidade de vida das cidades, as árvores proporcionam sombra, refrescam nos dias quentes, ajudam a reduzir a poluição, abrigam pássaros, dão frutos e ainda embelezam as cidades, porém não basta plantá-las, também é preciso cuidar.

Na Capital, de acordo com o inventário iniciado em 2014 pela Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis), eram quase 4.000 árvores de diferentes espécies e origens catalogadas em vias públicas da área central da cidade. Os números parecem muito, mas as árvores catalogadas representam apenas 7,75% do solo da área central, enquanto que o índice ideal é de 15% a 20%, segundo especialistas.

O levantamento mostrou que além da necessidade de investir em novas mudas para arborização da cidade, na hora da poda ou corte também é preciso levar em conta os problemas causados em equipamentos urbanos, como danos em tubulações, raízes sobre calçadas, galhos em postes e fiação.

A síndica Elisete Pacheco precisou recentemente podar algumas árvores que estavam grandes e causavam danos na tubulação de rede de esgoto e riscos de queda de galhos sobre pessoas e veículos. “Fui ao Pró-cidadão e tomei conhecimento que precisava apresentar uma ata com a aprovação do corte em assembleia, junto com os documentos do condomínio. Então preenchi um formulário e liguei para a Floram para que viessem fazer uma vistoria e nos dissessem quais árvores poderiam ser podadas”, relata a síndica.

Com o protocolo em mãos, Elisete entrou em contato com a Defesa Civil que enviou um responsável técnico para dar orientações. “Por termos árvores que davam para uma rua movimentada, precisamos interditar metade da rua”, descreve.

Segundo Elisete, o condomínio contratou um prestador de serviço profissional com todos os equipamentos de segurança necessários e que também se encarregou de levar as folhagens das podas para a Comcap. “Durante o período das podas, deixei cópias do protocolo coladas em algumas áreas do condomínio para que todos tivessem conhecimento do procedimento e não houvesse dúvidas”, destaca.

Processo

De acordo com o engenheiro agrônomo Guilherme Miranda, o processo de autorização para poda e corte de vegetação deve iniciar com o contato nos órgãos ambientais municipais ou estadual. O pedido de autorização de corte ou poda deve ser feito pelo responsável pelo condomínio que deverá preencher um formulário específico. No requerimento constam informações como CNPJ do condomínio, a escritura pública do imóvel, a inscrição imobiliária do imóvel e um croqui de localização. “No caso de condomínios, deverá ser apresentada a Ata da Assembleia em que consta a deliberação da poda ou corte de árvore”, ressalta o especialista.

Caso a solicitação seja para atender uma construção, Guilherme explica que será necessário que conste nesse requerimento a consulta de viabilidade da Prefeitura, a planta de locação com indicação espacial e a identificação da espécie a ser podada ou cortada. Dependendo de cada caso, pode-se solicitar também a aprovação do projeto pelo órgão ambiental. “Recomenda-se que o procedimento seja realizado por profissional habilitado tecnicamente e que emita uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do serviço de poda e corte”, orienta.

O engenheiro reafirma a importância das árvores e plantas frutíferas para a qualidade de vida, principalmente nos centros urbanos, e recomenda que as podas sejam realizadas nos meses de maio e agosto de cada ano. “Várias pesquisas apontam que a arborização em áreas urbanas tem influência nos valores de temperatura e umidade relativa do ar, afetando diretamente como condicionante de conforto térmico e desempenhando, assim, um importante papel na melhoria das condições ambientais das cidades e qualidade de vida de seus habitantes”, explica.

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Reciclagem : Lixo no lugar certo

06/Maio/2016        

Grande parte dos condomínios de Balneário Camboriú adere à coleta seletiva de lixo.

Desde 1999, bem antes da instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010, Balneário Camboriú recebeu a implantação da coleta seletiva para a reciclagem de lixo na cidade.

A lei, que prevê diversos mecanismos para que todos os setores da sociedade – inclusive os condomínios – se comprometam com a destinação final dos rejeitos de maneira ambientalmente correta, é aplicada em grande parte dos condomínios do município, mas a conscientização de alguns condôminos ainda é um desafio para o melhor funcionamento do serviço em Balneário.

A coleta seletiva dos resíduos recicláveis ocorre de segunda-feira a sábado, em horário comercial, conforme contrato de concessão de limpeza pública firmado entre a empresa Ambiental e a Prefeitura de Balneário Camboriú. Ela abrange todas as regiões da cidade. A cada dia da semana o caminhão da coleta seletiva passa em um bairro diferente, de acordo com o mapa de setorização. É realizada por veículo especialmente adaptado e identificado. Todo resíduo coletado é encaminhado para as associações e cooperativas de reciclagem. A determinação dos locais de entrega dos resíduos recicláveis é feita pelo município.

Não há diferenciação da coleta entre residências e condomínios. Segundo a empresa Ambiental, responsável pela coleta de resíduos na cidade desde sua implantação, cerca de 85% dos condomínios de Balneário aderiram à coleta seletiva e estão participando. “Entregamos adesivos de lixo reciclável e lixo orgânico e panfletos informativos com o dia e horário da coleta e informando também sobre o lixo que é reciclável e o que não é reciclável. Acreditamos que uma das maiores dificuldades são algumas lixeiras trancadas no dia estipulado da coleta”, informou por e-mail a assessoria de comunicação da Ambiental. De acordo com a empresa, muitos moradores estão se conscientizando da importância da separação do lixo. “Recebemos muitas ligações de pessoas buscando por informações sobre a coleta seletiva”, diz a nota da empresa.

Verão é o período mais crítico da coleta

Síndico de três condomínios em Balneário Camboriú, Gustavo Schmidt explica que na Barra Sul, região da cidade onde administra os condomínios, a coleta seletiva passa às segundas e quintas-feiras. O horário em que os caminhões costumam passam é às 9h, mas ele reclama que muitas vezes os veículos atrasam e o lixo orgânico fica “horas” exposto. “E isso é ruim, porque se tem o horário pré-definido ele precisa ser respeitado”, cobra.

O principal desafio da coleta seletiva nos condomínios, aponta, é a “conscientização” dos condôminos. Segundo Schmidt, apesar de todo seu esforço para alertar os moradores da importância de separar os resíduos orgânicos dos recicláveis, muitos moradores seguem descartando o lixo de forma indiscriminada. Isso ocorre, destaca, principalmente no verão. “Eu trabalho essa consciência nos moradores, mesmo assim muitos não entendem. E no verão isso piora bastante, porque os turistas são ainda piores em relação a esse assunto”, relata.

Já a síndica Sandra Cristina Mendes Hammerle, do edifício Dona Rosinha, no centro de Balneário Camboriú, explica que a coleta seletiva no Centro passa às quartas-feiras, no horário da manhã. Antes disso, conta, ela própria busca através de inspeções visuais conferir se os moradores estão contribuindo para a separação dos materiais orgânicos dos recicláveis dentro dos contentores. Sandra avalia que o serviço de coleta prestado pela Ambiental em Balneário é “satisfatório”, mas entende que na área central os caminhões da coleta “poderiam passar mais vezes”, já que é a região da cidade onde mais se acumula lixo, porque boa parte da população mora em condomínios verticais. “Entendo que seja difícil fazer o recolhimento entre recicláveis e orgânicos mais de um dia, mas talvez uma hora seja necessário aumentar essa demanda”, aponta.

 

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Condomínios sustentáveis: como economizar energia nos prédios?

26/Setembro/2017        

Com todo o cenário de racionamento de água e contas de energia que não param de subir, temos que procurar alternativas para reduzir os gastos e economizar a preciosa água. Cada um consegue fazer sua parte dentro de casa, mas, e no condomínio? Será que também dá para encontrar soluções que ajudem na economia?

 

O professor do Centro de Capacitação em Tecnologia da Loja Elétrica (CCT) e engenheiro eletricista João Carlos Lima dá algumas dicas.  Segundo ele, é possível economizar bastante energia tomando cuidados simples, que podem ser aplicados às áreas comuns, externas, garagens e elevadores, como:

Área comum

• Substituir lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED reduz o consumo de energia a 50%.

As lâmpadas incandescentes duram, em média, de 6000 a 10000 horas, o equivalente a 3 anos, com redução pelo número de acendimentos, enquanto as LED duram cerca de 25000 horas, que se traduzem a, aproximadamente, 8 anos

• Utilize, sempre que possível, a iluminação natural, abrindo janelas, cortinas e persianas em ambientes como o hall social, sala de visitas, salão de festas, salão de jogos

• Instrua os empregados a desligarem as lâmpadas de dependências desocupadas, exceto as que contribuem para a segurança

• Ao realizar uma reforma no prédio, evite pintar paredes e tetos com cores escuras, pois elas refletem menos luz, exigindo lâmpadas mais potentes que, consequentemente, consumirão mais energia

• Limpe regularmente paredes, janelas, pisos, e forros. Uma superfície limpa reflete melhor a luz, o que permite manter menos intensa a iluminação artificial

• Limpe regularmente as luminárias e lâmpadas. A sujeira acumulada reduz a iluminação

• Quando for trocar as lâmpadas é importante verificar a equivalência da potência luminosa em lumens, pois uma substituição aleatória pode reduzir o nível de iluminação do recinto. É importante consultar o vendedor de lojas especializadas para fazer a substituição correta

• A utilização de sensor de presença em áreas de circulação é recomendada. Ao instalar o sensor para comando de lâmpadas fluorescentes, regule o tempo de funcionamento para, no mínimo, 15 minutos, caso contrário, ocorrerá queima precoce, pois as lâmpadas fluorescentes têm restrições quanto ao número de acendimentos. Uma boa opção é a utilização das lâmpadas de LED, já que essas não têm restrições de acendimentos

Área externa

• Em áreas de estacionamentos ou locais nos quais a reprodução das cores não é preponderante, pode-se substituir as lâmpadas comuns por lâmpadas de vapor de sódio a alta pressão (VSAP), pois essas são altamente econômicas se comparadas com as lâmpadas de luz mista e vapor de mercúrio. Por exemplo: substituir uma lâmpada de luz mista por uma de vapor de sódio mantém o mesmo nível de iluminação e reduz o consumo de energia em 70%. No caso da substituição da de vapor de mercúrio a redução é de 50%

• Em áreas de jardins e halls de entrada, recomenda-se a utilização de lâmpadas fluorescentes compactas ou halógenas para obter melhor reprodução de cores. Para o controle das lâmpadas, recomenda-se a utilização de relés fotoelétricos, pois os acendimentos e os desligamentos ocorrerão automaticamente ao anoitecer e ao amanhecer, evitando o consumo desnecessário de energia

• Nesses locais, também é possível usar sensores de presença, para que as lâmpadas acendam apenas quando houver circulação de pessoas.

Garagem

• Se há na garagem luminárias com lâmpadas fluorescentes comandadas em grupo, estude a possibilidade de instalar interruptores individuais comuns, eles permitirão o desligamento parcial de determinadas lâmpadas, evitando-se a iluminação plena todo o tempo

• Uma boa dica é dar preferência para a iluminação das áreas de circulação, ao invés dos locais onde ficam as vagas, a utilização de sensores permite aumentar o nível da iluminação para facilitar a manobra dos veículos

Elevadores

• As crianças devem ser orientadas a não apertar todos os botões do painel e não fazer do elevador objeto de recreação

• Para subir um andar ou descer dois, procure utilizar as escadas. Um pouco de exercício é saudável e não faz mal a ninguém

• Estude a possibilidade de desligar diariamente, de maneira alternada, um dos elevadores, no horário de menor movimento e utilização (por exemplo, das 22h às 6h e nos domingos e feriados).

Fonte: Revista ECO Brasília

(Matéria originalmente publicada em 22/12/15)

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