A importância de uma garagem planejada

Hoje em dia, vaga de estacionamento é fundamental na compra de um imóvel
  • 05/Novembro/2013 - Redação CondominioSC
A importância de uma garagem planejada

 

A garagem está localizada geralmente na base da edificação, surpreende saber que mesmo diante desta situação ela seja praticamente a última etapa a ser pensada num empreendimento

Para o engenheiro e professor Fernando Ribeiro, isso acarreta inúmeros problemas, muito comuns nos edifícios: “entrada estreita, espaços apertados, rampas inclinadas que dificultam a visão, número insuficiente de vagas. Como consequência: erros estruturais e desconforto aos usuários”.

Poucos condomínios livram-se de problemas com garagens. As edificações mais antigas sofrem com a falta de espaços e as mais novas, não obstante, também enfrentam problemas com garagens mal planejadas. Segundo Ribeiro, especialista em avaliações e perícias de engenharia, “infelizmente os edifícios antigos foram dimensionados com espaço reduzido e para um número até inferior às unidades condominiais existentes, devido à concepção da época.

Hoje em dia, vaga de estacionamento é fundamental na compra de um imóvel. Por esse motivo, as construtoras preocupam-se mais com a quantidade e espaço das vagas”, explica, ressaltando que, há 35 ou 40 anos atrás, as construtoras não priorizavam vagas para veículos. Hoje, Florianópolis tem um carro para cada dois habitantes, segundo dados do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF).

Em edifícios antigos é possível aumentar a quantidade de vagas apenas remanejando o espaço existente ou, então, partindo para reformas: pequenas ou grandes. Quando indagado em entrevista ao Jornal dos Condomínios sobre qual seria a solução para rampas e pilastras, por vezes, mal distribuídas dentro da garagem, o engenheiro fala que um bom exemplo para estes casos seria a readequação do espaço. “Pilares cilíndricos, ao invés de quadrados ou retangulares; nas rampas, o cuidado deve ser com a geometria, sem curvas muito fechadas e com largura de 7 metros, espaço suficiente para a passagem de dois carros, o que diminuirá o número de sinistros”. O engenheiro ressalta ainda que as vagas devem ter 2,40 x 5,00 metros, para que o usuário possa abrir a porta e não bater no carro do lado.

Edificações mais novas também sofrem com a falta de vaga para acomodar todos os veículos dentro da garagem. Esta falta de espaço faz com que muitos condôminos optem por acessórios que impedem maiores danos aos seus veículos, como por exemplo, amortecedores de impacto e mantas para revestir colunas. Outras opções para ganho de espaço na garagem são os Duplicadores de Garagens, hoje em dia muito usados nos grandes centros como Rio e São Paulo e os paletes, equipamento em chapa de aço criado para dar um melhor aproveitamento à área destinada a estacionamentos, aumentando o número de vagas em até 100%. Mas, para isso os pilares, dentro da edificação, deverão obedecer a uma rígida distribuição, permitindo uma boa circulação de manobra para subir no trilho.

“Planejar adequadamente a garagem reflete em um ganho maior de vagas”, orienta Ribeiro. Segundo ele, o projeto da garagem deve oferecer um bom fluxo viário, conseguido através de análise estatística. “A partir desse estudo, são colocados cruzamentos em pontos estratégicos e criadas saídas alternativas para evitar congestionamentos, tendo em vista também os reflexos nas vias de acesso à garagem”, completou Ribeiro.

Para a engenharia o maior desafio é fazer com que o estacionamento acomode o maior número de vagas possíveis, considerando-se padrões confortáveis de acomodação dos veículos. Planejar mal a garagem é sem dúvida um grande prejuízo aos usuários do local.

Os ralos para escoamento de águas, por exemplo, se não corretamente distribuídos dentro da garagem, poderão ocasionar vários transtornos. Tanto para os funcionários no momento da limpeza ou da lavagem, ou quando a garagem é inundada pelas águas da chuva, ocasionando problemas aos veículos nela guardados. Os ralos deverão ser dimensionados de acordo com a vazão e colocados de forma conveniente, respeitando rigorosamente o projeto, e sendo vistoriados pelo engenheiro na etapa da execução.

Na garagem ainda existem outros problemas que vão além da preocupação com os aspectos físicos. Planejar mal a garagem poderá trazer consequentes riscos à saúde de seus usuários, se no espaço não existir um sistema de exaustão e ventilação, responsável pela renovação e circulação do ar, principalmente em garagens subterrâneas.

Nessa época do ano em que as chuvas são comuns, aparecem manchas, bolor e umidades em garagens, subsolos e áreas comuns de condomínios. Isso pode, inclusive, comprometer a estrutura predial a ponto de colocar em risco a segurança dos moradores. “Muito comum essa ocorrência, por tratar-se de uma área com pouca ventilação, iluminação, e também, com infiltração podendo as armaduras dentro das estruturas de concreto serem prejudicadas por oxidação e carbonatação, acarretando problemas até de estabilidade” explica o engenheiro.

Em termos estruturais, uma garagem é calculada para cargas de até 600Kgf/m², de modo que se deve ficar atento a cargas colocadas sobre a laje do estacionamento, dessa forma, evita-se problemas de patologias nas estruturas. Para o engenheiro, o ideal seria planejar junto com a construtora no início da obra. “Dessa forma, estaríamos minimizando riscos de forma geral”.

Nestas condições, em que estes eventuais problemas aparecem na garagem, é necessário, pela dimensão do que isso pode ocasionar ao prédio, a intervenção de uma empresa para recuperação estrutural. O síndico deve estar atento a estes graves problemas, conscientizando-se da importância de uma inspeção predial regular, realizada por engenheiros habilitados, para evitar problemas maiores e consequentes prejuízos ao patrimônio.

Para finalizar, Ribeiro frisa que “é de grande importância conscientizar o síndico e demais moradores e proprietários sobre as realizações de inspeções regulares, a cada dois anos, por engenheiro habilitado, que fará um diagnóstico geral das atuais condições da edificação, quanto aos aspectos de segurança, patologias, enfim um “check up” completo da edificação”.

 

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