Pandemia: a vida não pede licença

Pandemia: a vida não pede licença


Neste momento periclitante em que vivemos de pandemia viral, isolamento social, enclausuramento compulsório e outras privações das quais estamos sendo obrigados a experienciar, é natural e até esperado que desenvolvamos, consequentemente, comportamentos de defesa e proteção, naturais de todo esse processo de adaptação a uma nova ordem mundial nas sociedades.

É um momento em que todo o nosso organismo coloca-se em alerta para o perigo, um perigo que é invisível e extremamente nocivo, um perigo que faz brotar nossos instintos mais primitivos de sobrevivência, luta ou fuga, duas únicas alternativas que possuímos em situações de risco. Como a fuga nos parece a escolha mais sensata e acertada neste momento, obrigamo-nos a nos enclausurar em casa, isolados ambiental e socialmente. E é justamente nesse movimento de fuga e enclausuramento compulsório que nossas defesas psíquicas naturais podem tornar-se desadaptativas e disfuncionais, prejudicando dessa forma o nosso bom funcionamento físico, mental e psíquico.

O isolamento e o enclausuramento socioambientais por longos períodos podem, dependendo da reação de cada organismo, desencadear processos, do ponto de vista mental e psíquico, ansiogênicos, depressivos e até mesmo psicóticos, por se tratar de um movimento o qual não estamos habituados e acostumados a experienciar. Nesse sentido, os moradores de condomínios e residenciais coletivos são os que mais são acometidos pelos reflexos desse isolamento e enclausuramento forçado ao qual estamos todos submetidos. E sendo assim cabe aqui algumas reflexões sobre este período no sentido de amenizar os efeitos de todo esse contexto que vivemos.

A aceitação é a grande questão central de todo esse processo atual pelo qual passamos, assim como de todas as coisas das quais não podemos mudar em nossas vidas, ou seja, aceitar a situação atual da forma como ela se apresenta é sinônimo de adaptar-se a ela, e como já disse Darwin, “Aquele que sobrevive, não é o mais forte ou o mais inteligente, é o que mais se adapta”.

Quando aceitamos determinada situação ou atravessamento em nossa vida, da qual não possuímos controle, automaticamente aquilo cessa de nos causar desconforto, prejuízo, e sua força perde potência contra nós, ou seja, nos adaptamos a ela. Àquilo que não temos controle, precisamos nos adaptar. A única forma de nos livrarmos dos nossos monstros é aceitando-os. Compreender e atribuir sentido e significado às nossas vidas neste momento é imprescindível, pois dessa forma descobrimos recursos e ferramentas psíquicas e emocionais, que de outra forma não teríamos como, somente quando nos lançamos à experiência da vida e dos perigos que ela representa é que descobrimos a nós mesmos, e assim sendo, jamais estaremos sós. A vida não pede licença. “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.

Danilo Lopes Jr é psicólogo clínico e psicoterapeuta de orientação analítica e atende online por videochamada. Contato (51) 98496 6167

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