Sucesso total na abertura do Parque Jardim Botânico

Sucesso total na abertura do Parque Jardim Botânico

 

A gestora Comcap estima que 12 mil pessoas visitem o parque neste primeiro final de semana.

O prefeito Cesar Souza Junior entregou à cidade neste sábado (24) o Parque Jardim Botânico de Florianópolis em área que, em 2007, como deputado estadual, ajudou a salvar da especulação imobiliária. Em torno de 7 mil pessoas visitaram o parque no dia da abertura oficial e outras 5 mil são esperadas neste domingo. São 19 hectares conectados a 200 hectares do Manguezal do Itacorubi, às margens da Rodovia Admar Gonzaga, onde entre a metade dos anos 60 e 90, operou o Centro de Treinamento da Epagri.

“Um Jardim Botânico nunca vai estar 100% pronto. O do Rio de Janeiro foi implantado em 1808 e continua em construção. Mas o bairro do Itacorubi já ganha uma grande área de lazer e daqui pra frente, quando o público apropriou-se do espaço, vamos melhorar cada vez mais essa construção permanente e coletiva. Quem quiser vir ajudar, dar sua contribuição é muito bem-vindo”, disse o prefeito na solenidade de abertura.

Mais melhorias até final do ano

Segundo ele, começarão imediatamente oficinas de reaproveitamento e reciclagem de materiais em prédio já recuperado pela prefeitura. Até o final do ano, também será alcançada a cessão pela Epagri do antigo prédio da fábrica de ração para instalação de startups (empresas nascentes) na área de sustentabilidade ambiental , melhorado permanentemente o paisagismo e providenciada a concessão de parte da casa sede para uma cafeteria privada.

Mobilização popular garantiu parque

“Se não fosse aquela mobilização toda de 2007, certamente hoje aqui seria uma selva de pedras. A atitude não foi só minha, mas de mais de 15 mil pessoas”, lembrou o prefeito, que durante a solenidade recebeu de Hugo Braga, ex-coordenador do Ciram-Epagri, uma caixa com as 15.480 assinaturas recolhidas em 2007, contra a venda do imóvel e pró-instalação do Jardim Botânico de Florianópolis. O material compõe agora o acervo de documentos do Parque Jardim Botânico de Florianópolis.

Comcap recordista e pioneira

Durante os pronunciamentos, todos os representantes da Epagri, do Governo do Estado, da organização Amigos do Jardim Botânico e o prefeito destacaram o trabalho árduo e competente dos empregados da Comcap liderados pelo presidente Marius Bagnati. O diretor da Epagri Paulo Roberto Lisboa Arruda, representando o presidente Luiz Hessmann, disse que Bagnati “foi um recordista”, por ter feito em dois meses aquilo que muitas pessoas esperavam há 20 anos: abrir a área para o uso da comunidade.

Marius Bagnati denunciou que “a Comcap tem sido alvo de uma campanha difamatória que desconsidera sua participação ativa na vida da cidade ao longo dos últimos 45 anos”. Lembrou o desempenho da companhia na pavimentação e macrodrenagem da Capital, o orgulho por pioneirismos como a implantação da primeira coleta seletiva em capital brasileira, a primeira coleta exclusiva de vidro no Sul do Brasil e, inclusive, o Parque do Córrego Grande. (Veja íntegra do discurso, clicando aqui.)

O prefeito agradeceu o empenho da Comcap. “Sem a força da Comcap isso não seria possível. Ainda ontem, véspera da inauguração vim aqui duas vezes, de manhã e à noite, e em ambas vi o pessoal da Comcap com muito amor, com muita garra, com muita força e isso foi determinante para que pudéssemos realizar esse sonho de muitas anos que era abrir o Jardim Botânico.”

Homenagem a Glauco Olinger

Sob o bosque de nogueiras, onde ocorreu a abertura oficial, o prefeito quebrou o protocolo duas vezes. A primeira para permitir que as crianças do Coral Vozes do Arvoredo, da comunidade do Siri, do programa de educação da Guarda Municipal, brincassem no parque, até que os discursos terminassem e elas voltassem a se apresentar. A segunda, para que o discurso final fosse de Glauco Olinger, pioneiro na extensão rural em Santa Catarina e fundador da Acaresc, hoje Epagri.

O engenheiro agrônomo, com recém completados 94 anos, observou que quem estivesse ali com menos de 70 anos, não fazia ideia do que era o lugar. “Era uma área rural do município de Florianópolis e que olhasse para o lado, veria vacas pastando, chácaras com frutas, agricultores, talvez meia dúzia de casas. Uma área tão rural que o repórter Adolfo Zigelli dizia que estávamos levando o Centro de Treinamento da Acaresc para próximo da África.“

Depois de divertir e encantar as pessoas, Glauco Olinger acompanhou o prefeito para inaugurar o espaço com seu nome na casa sede do parque. “Tudo isso aqui começou com espírito público, com o mesmo espírito público que hoje está dominando esse espaço do Parque Jardim Botânico de Florianópolis. Meus cumprimentos ao prefeito municipal por ter prestigiado essa obra”, discursou.

Ocupação instantânea

Só ou em par, em grupo de familiares, amigos e colegas, Luiz Dorizete Pinto, gerente da Divisão de Sustentabilidade Ambiental e Serviços da Comcap, estimou que 12 mil pesssoas visitem o Parque Jardim Botânico de Florianópolis neste primeiro final de semana. Isso que o primeiro sábado da Primavera 2016 foi de vento sul e temperatura abaixo de 20 graus. No parque não há estacionamento e as pessoas são obrigadas a chegar a pé ou de bicicleta. Nessa fase inicial, o parque estará aberto à visitação de quinta a domingo, das 7h30min às 18h.

Além das exposições de Ilustrações Naturalistas e da coleção especial de aniversário de 13 anos do Museu do Lixo da Comcap, que caracteriza um espaço domiciliar de convivência dos descendentes açorianos, com curadoria de Lena Peixer, o parque oferece atrações de contemplação natural, como o lago e o bosque de nogueiras-da-Índia; de atividades físicas, como pista de caminhada rústica e academia ao ar livre; de recreação, como parque infantil e espaço multiuso, ontem usado para solenidade oficial, apresentação de Boi-de-mamão e por skatistas, redário e slackline, quadra de beach tennis e vôlei.

As primeiras impressões foram positivas, especialmente pela característica de rusticidade e reaproveitamento dos recursos naturais.


REAPROVEITAMENTO

“Essa parte de reaproveitar os recursos e ter chamado a população para ajudar a melhorar e abrir realmente o parque. A gente mora há muito tempo e faz uns cinco ou seis anos que falavam desse parque, estávamos esperando acontecer. A quantidade de pessoas aqui hoje mostra isso: que Florianópolis está muito carente de espaços públicos para as pessoas.”

Renata de Vecchi, arquiteta



RECREAÇÃO E LAZER
“Estou a passeio, sou paulista, mas gostei bastante do espaço, achei bem legal para a comunidade, as crianças. Há um espaço muito legal para recreação e lazer, isso enriquece bastante o bairro. Quando voltar à cidade, vou vir aqui de novo, com certeza.”

Tiago Vaz, bancário de São Paulo


RUSTICIDADE
“Agora poderemos vir sempre aqui, passear. Gostei da parte de aproveitamento de recursos. É um parque mais rústico, não tem nada muito urbano, isso é legal, dá um ar de natureza.”

Marcelo Abdala, engenheiro eletricista


MELHORIA CONSTANTE
“Gostei do parque não está tudo pronto, mas nunca vai ficar pronto, vai estar sempre mudando. É uma área muito boa. Estou há um mês e pouco trabalhando aqui, sou da turma do encarregado Maurício. Nós que elaboramos, junto com o Índio eo Maurício, o lance lá do labirinto no parquinho infantil, mais um bocado de coisas, fizemos aí juntos.”

Júlio César Dias, auxiliar operacional da Comcap que ajudou no plantio de três ipês roxos


MEMÓRIA AÇORIANA
“Dá para fazer uma intervenção nessa caixa dágua. Um mirante para crianças e uma casa de bonecas. Desde crianças jogávamos cinco marias com essas anogas. Não pode deixar cair a que se joga para cima. Eu também as uso como fixador para os pigmentos naturais. Meus avós e bisavós faziam sabão dessas bagas.“

Laércio Luiz, artista plástico com 22 prêmios pelos trabalhos com pigmentos naturais, propôs-se a ajudar na construção de um mirante para o Bosque Açoriano, com casa de bonecas, na estrutura antiga da caixa d’água


APELO POPULAR
“Esse parque juntou a fome com a vontade de comer.”

Artista português João Aires, responsável pelo projeto Banco Mural, promovida pelo O Sítio, com música e pintura ao vivo pelo sobre o entusiasmo dos visitantes


CONFRATERNIZAÇÃO
“Nos programamos brevemente e saiu esse piquenique com várias pessoas, foi bem legal. Somos amigos, de seis famílias diferentes e locais de trabalho bem diversificados. Já fazemos piqueniques em outros locais, como o Parque do Córrego Grande, gostamos dessa atividade. Aqui está mais uma oportunidade, mais um espaço em Florianópolis para a gente fazer nosso piquenique. Somos moradores do Centro, Santa Mônica, Coqueiros, tem até um lageano aqui.”

Cristiane Gonçalves Montibeller


MÚSICA E CONTEMPLAÇÃO
“Costumamos ficar assim na área da Ufsc. Ela mora na Carvoeira e eu em Palhoça. Soubemos da inaguração e viemos por causa disso. Gostamos do local, é bem legal. Assistimos a orquestra da Udesc, demos uma volta e sentamos para fazer piquenique, descansar um pouco. Ela faz Biologia, gosta de tudo isso.”

Cauê Baasch de Souza, estudante de Ciências da Computação, e Larissa Gonçalves Soichiro, estudante de Biologia

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