Extermínio de caramujo africano depende da população

  • 12/Fevereiro/2019 - Redação CondominioSC
Extermínio de caramujo africano depende da população

O caramujo africano é uma praga exótica, que entrou no Brasil para ser uma opção mais rentável de substituição ao escargot. Como não deu certo na culinária, os criadores soltaram na natureza os moluscos, introduzidos no país na década de 80.

Eles se proliferaram e trazem prejuízos aos animais nativos e podem transmitir doenças. Um problema de saúde pública que prefeituras e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tentam exterminar, mas para isso dependem da ajuda da população.

Nessa época do ano, com o calor e a umidade, é mais fácil encontrar o caramujo afrincano, pois no inverno ele hiberna. Os ambientes propícios para a praga sãos os locais com mato alto e entulhos, por isso é importante deixar o terreno sempre limpo. Durante o dia o bicho fica escondido em sua toca e à noite sai em busca de alimento. O extermínio é importante para o equilíbrio ambiental, já que não existem predadores naturais para essa praga, que se prolifera rapidamente por ser hermafrodita.

Em Florianópolis a maioria das ocorrências de aparecimento de caramujo é no Norte e Sul da Ilha. O Centro de Zoonoses do município recomenda aos moradores que ao encontrar o caramujo não usem sal para eliminá-los, pois deixa o solo infértil. O ideal é catá-lo com uma pá ou as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos. Em seguida, colocar o molusco em um recipiente com metal ou barro e jogar álcool ou outra substância inflamável e atear fogo. É importante que após a queima, as cascas sejam quebradas e enterradas (longe de poços artesianos, cursos da água e mar) para evitar que se tornem criadouros de insetos como o mosquito da Dengue.

A entidade responsável pelo controle de pragas da Capital, também esclarece que caso os caramujos tenham passado sobre hortaliças ou outros vegetais não é necessário descartá-los. Basta lavar bem em água corrente e depois deixar por alguns minutos numa solução de uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água.

Em São José, o bairro que mais apareceu a praga foi o de Serrarias, mas também foi encontrado em Campinas e Kobrasol, região onde há a maior concentração de condomínios no município. Na cidade, a equipe da Vigilância Epidemiológica distribui baldes, sacos plásticos e luvas de procedimento para os moradores coletarem o molusco. “Basta ligar que agendamos o recolhimento e levamos os caramujos para serem incinerados em aterro sanitário”, informa o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Ademir Rosa.

Entre as doenças que o caramujo africano pode transmitir estão as angiostrongilías, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso; e - abgiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. Tem como sintomas dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos.

Indústria química já oferece molusquicida

Se a praga aparecer no terreno do condomínio e o síndico não quiser incinerar o caramujo para evitar acidentes, a industria química já oferece um molusquicida para exterminar a praga. Porém, o material só pode ser manuseado por empresa especializada. De acordo com o presidente da Associação dos Controladores de Pragas de Santa Catarina (Acprag), Ricardo Richter, o produto é uma isca que o caramujo consome e ocasiona a morte.

Richter observa que o procedimento deve ser bem inspecionado para não serem colocadas iscas demais e acabar eliminando moluscos e insetos nativos. Nos condomínios que tem animais é preciso tomar cuidado com na hora da aplicação. “É um produto com substância amargante para evitar que pessoas ingiram, mas é novo no mercado. Se um cachorro ou gato comer pode causar problema de saúde”, comenta.

Controle em Balneário Camboriú e Itapema

O Centro de Controle de Pragas Urbanas de Balneário Camboriu realiza um controle intenso nesse verão para evitar a proliferação do caramujo africano. No centro da cidade, onde estão situados a maior parte dos condomínios, foram encontrados os moluscos nas ruas 904, 906 e 916, que foram coletados e incinerados.

A coordenadora do Centro de Controle de Pragas, Geosi de Lima Matos, explica que se for encontrado o caramujo nos terrenos dentro da cidade, o morador pode entrar em contato com a entidade para receber orientações. “Aqui em Balneário Camboriú conseguimos controlar bem essa praga. Fazemos uma força tarefa com a Secretaria de Obras para o monitoramento ambiental”, comenta.

Para evitar a invasão dos caramujos africanos, o agente de saúde da Vigilância Sanitária de Itapema, Alcionei Tridapalli, alerta que é necessário manter a higiene no terreno, sem acumulo de lixo e mato. “No ambiente saudável esse molusco não se cria”, explica. Segundo ele, neste verão houveram alguns casos isolados de aparecimento da praga em Meia Praia, mas foram solucionados. O maior problema ocorreu no bairro Morretes, onde houve proliferação e a equipe da Vigilância fez uma força tarefa no dia 1º de fevereiro.

Informações

Balneário Camboriú – Centro de Controle de Pragas Urbanas – (47) 3366-4593

Itapema – Vigilância Sanitária – (47) 3368-0351

Florianópolis – Centro de Controle de Zoonozes – (48) 3338-9004

São José – Vigilância Epidemiológica – (48) 3249-1895

(Matéria originalmente publicada em 

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