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Psicóloga aponta sinais do estresse na atribuição de síndico

Para o desafio ser prazeroso é preciso encontrar formas de satisfação no trabalho
Psicóloga aponta sinais do estresse na atribuição de síndico

 

A função de síndico, muitas vezes, pode acarretar alguns problemas como estresse e ansiedade. Mas é preciso lembrar que esses sentimentos também fazem parte do dia-a-dia das pessoas em diferentes atuações na vida adulta. A partir do momento em que essas sensações começam a atrapalhar a rotina diária, será preciso alguns cuidados especiais.

“O síndico tem que analisar até que ponto esse estresse prejudica sua qualidade de vida”, diz a psicóloga Thayse de Oliveira, que atua em Urussanga, no Sul do Estado. “Se estiver com mau humor frequente, se o pensamento estiver o tempo todo voltado aos assuntos do condomínio, então o síndico pode pedir ajuda e, se preciso, passar a função para outra pessoa ou pedir auxílio em alguns casos específicos”, afirma.

O gerente da Contasul, Sebastião de Oliveira, diz que o primeiro passo, caso o síndico esteja estressado ou enfrentando algum problema de ordem pessoal, é saber se o condomínio tem subsíndico e se ele pode assumir a função. “O síndico também pode passar o compromisso para a administradora por meio de uma procuração, solicitando que a empresa exerça a função por determinado tempo”, diz o gerente.

Ao fazer esta escolha, o síndico deve comunicar todos os moradores. “Dessa forma, os condôminos devem, em caso de eventuais problemas no edifício, falar diretamente com a administradora. Caso eles achem que esta não é a decisão ideal, pode ser feita uma nova assembleia para o síndico entregar o cargo”, explica Oliveira. Neste caso, deve ser feita uma nova eleição.

Desafio prazeroso

Thayse destaca que a atuação como síndico deve ser um desafio prazeroso para o morador escolhido para a gestão do condomínio. “A função traz aspectos positivos, é um trabalho saudável, feito para o bem comum. O síndico pode analisar e até mesmo melhorar alguns aspectos de sua personalidade, como a paciência, a diplomacia, a comunicação e a criatividade”, exemplifica. A psicóloga ressalta que o síndico deve perceber o que tem de bom e o que precisa melhorar para desenvolver o papel.

A recomendação é a de que o síndico identifique as causas que estão prejudicando a sua qualidade de vida. “Tenha em mente que nem sempre será possível agradar a todos. Mas os gestos de agradecimentos compensam as adversidades que podem aparecer”, ressalta Thayse. A psicóloga completa dizendo que, ao ser um bom exemplo para o condomínio, o síndico vai melhorar a própria satisfação com o trabalho realizado.