O síndico e o dono da dor

O síndico e o dono da dor

Uma das coisas que as pessoas mais valorizam e tem verdadeira necessidade é alguém que entenda as suas dores. Somos eternamente carentes de atenção, carentes de empatia.

Veja bem, esse tipo de atenção é tão importante que não conseguimos concebê-la de forma mecanizada, ou robotizada. Se você confidenciar para um robô que está com o coração partido, e ele responder “entendo!”, você sabe que ele está programado para responder isso, mas que na verdade ele não entende não! A nossa carência é de uma atenção cada vez mais humanizada.

No universo corporativo há uma pergunta de ouro que todo empreendedor deve responder como premissa: Você conhece as dores do seu público? Há uma vasta literatura acadêmica a respeito que contempla este tópico, quem quiser conferir é só procurar na internet sobre o tema “coloque-se na pele do cliente”. Eu acredito que não seja necessário eu reunir e apresentar argumentos para convencê-lo de que quando você é atendido por alguém que já passou pela sua situação, conheceu de perto a sua dor, você é bem melhor atendido.

Então, afinal de contas, o que a função de síndico tem a ver com isso?

Não é raro que o especialista na função de síndico, conhecido pelo jargão comercial de síndico profissional, tenha migrado de uma experiência de síndico orgânico. Também não é raro que o síndico orgânico tenha se candidatado ou se voluntariado, situação cada vez menos comum nos dias de hoje, devido à necessidade de pôr a mão na massa para resolver uma dor pessoal da sua experiência de vida em coletividade. O que eu estou querendo dizer é que o síndico na sua essência é um conhecedor das dores dos seus representados. E quanto menos ele negligenciar essas dores, mais sucesso sua sindicatura terá.

A busca pela qualificação e capacitação da função não deve perder de vista algumas habilidades originais e essenciais. Eu sempre digo que quem adquiriu um imóvel para morar ou trabalhar comprou um sonho. Muitas vezes persuadido pelas ofertas comerciais do empreendimento, que não raro se distanciam da realidade de viver em coletividade. O bom desempenho na função de síndico, neste requisito, exige a habilidade de compreender esses sonhos, perpetuá-los se for possível, ou acordar a massa condominial, de forma menos dolorida possível, para a realidade que ela ainda não enxerga.

“O dono da dor sabe o quanto dói.” Esse dito popular nos lembra que para verdadeiramente entender a dor do nosso público, neste caso os condôminos, é preciso um esforço muito grande. Com a velocidade das evoluções tecnológicas, nos acostumamos com soluções na mesma velocidade, e não atentamos que determinados diagnósticos requerem tempo. Para medir a febre de um condomínio é preciso um termômetro com escala em dias, ou meses, não em graus. E com a habilidade de uma leitura humanizada, para não cairmos no erro de responder de forma robotizada “entendo!”, e nada fazer.

Rogério de Freitas, graduado em Administração de Empresas, pós-graduado em Marketing e Gestão Empresarial, Síndico Profissional.

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