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Como fica a segurança?

Como fica a segurança?

Todo síndico comprometido com o condomínio, tem como prioridade garantir a segurança dos moradores, visto que esse é um dos bons motivos que levam as pessoas a escolherem onde morar.

Nos dias atuais é comum circular pelas redes sociais, vídeos das câmeras de segurança dos condomínios, onde se pode constatar a audácia dos meliantes.

Vemos desde pequenos furtos de bicicletas, furtos de cabos de cobre das fiações elétricas, tampas de caixas de passagem, enfim, pequenos danos materiais, mas que causam grandes transtornos e até revolta. No outro extremo, vemos ações de bandidos armados abordando moradores nas entradas das garagens ou até coisa pior, como sequestros e agressões.

Diante desse cenário de um verdadeiro “salve-se quem puder”, afinal, a segurança pública não consegue proteger o cidadão, cabe ao condomínio buscar um sistema de segurança que melhor lhes atenda.

Ele escolhe, geralmente depois de estudar o assunto à exaustão, uma empresa, ou um modelo de sistema de segurança para garantir tranquilidade aos moradores.

Os valores gastos com segurança levam uma boa fatia da arrecadação do condomínio. Os procedimentos são alinhados e discutidos em assembleia. Porém, por que tanta parafernália eletrônica, portaria 24 horas, e procedimentos mil não estão dando conta do recado?

A resposta é simples. A segurança é responsabilidade de todos!

É aconselhável que cada morador tenha seus dispositivos de acesso, como tags, controles ou senhas, mesmo que o condomínio disponha de pessoal da segurança nas portarias. O uso desses dispositivos deve ser padrão para todos os moradores, e não apenas para alguns enquanto outros se acham privilegiados e esperam que simplesmente as portas se abram para que eles passem, pois, no seu grande narcisismo imaginam que sua fama os preceda.

Não é papel dos vigilantes carregar sacolas ou chamar elevador. Eles devem sim, estar atentos a tudo que se passa nos acessos. Quem se aproxima, como se aproximam, inclusive observar o comportamento dos próprios moradores caso cheguem com alguém desconhecido, pois estes podem estar sendo rendidos por criminosos. Enfim, não sou especialista em segurança, mas observo que aqueles que mais querem um tratamento diferenciado, são os que mais tornam o condomínio vulnerável nesta questão.

Os preguiçosos também têm sua participação na quebra da segurança. São aqueles que passam a senha para conhecidos, parentes e prestadores de serviços, ao invés de ir recebê-los na portaria. Ou ainda, aqueles que autorizam que o entregador de pizza, por exemplo, se dirija até a porta do apartamento, ao invés de ir até a portaria buscar sua encomenda.

Nas entradas de garagens é importante que se observe as movimentações e presenças suspeitas antes de acionar a abertura do portão, e ao sair, que se dê o comando para o fechamento do mesmo, não simplesmente sair e confiar no timer de fechamento, pois alguém pode entrar sorrateiramente neste ínterim.

Outro momento de grande atenção é na entrada de pedestres. Caso perceba alguém aguardando ser atendido no interfone, não libere a entrada no afã de se mostrar solícito e bem educado. Deixe que ele conclua o procedimento de identificação, afinal, por mais que seja alguém de “boa aparência”, o condomínio todo estará em risco caso alguém mal intencionado consiga entrar. Nos dias atuais não existe mais como identificar os mau feitores pela aparência.

Diante das circunstâncias atuais, ninguém precisa se sentir ofendido por ter que seguir qualquer procedimento de segurança, muito pelo contrário, isso é totalmente natural. Ou você se ofende quando a porta giratória do banco trava quando você está passando?

Martinha Silva é graduada em Administração, especialista em Gestão de Pessoas, gestora condominial em Itajaí e escritora.